Dos registros filmados ao vir a ser filmes para mostras de cinema: experimentações de uma profissional da educação infantil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i145p57-70Palavras-chave:
cinema, educação infantil, formação em exercício, experimentação, vir a serResumo
Seria possível que a formação para o cinema se desse no próprio cotidiano escolar, no exercício diário de educar crianças bem pequenas? Seria possível que isso se fizesse menos como capacitação para um cinema predefinido do que como afetação para um cinema a ser inventado ali mesmo, no lugar-escola? Neste artigo apresentamos algumas experiências de como esta formação pode se dar, respondendo afirmativamente às duas perguntas ao acompanhar e refletir sobre o percurso de formação de uma monitora, coautora deste texto, que atua há mais de 20 anos em escolas públicas de educação infantil. Em paralelo, experimentamos fazer funcionar os conceitos de filme e filmagem elaborados coletivamente em pesquisa anterior, apontando a potência de vir a ser que os conecta como um passo importante para o sentir-se capaz de fazer cinema na escola.
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