Annie Ernaux e a educação: ficção, autobiografia e compreensão sociológica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i137p15-30Keywords:
Literature, Education, Annie Ernaux, Pierre Bourdieu, AutobiographyAbstract
Through the reading of two books by Annie Ernaux, this text discusses issues related to the nature of knowledge of the social present in literature. It reflects on the knowledge of literature and autobiography and on a possible exchange between education, literature and the human sciences. In these works, the author readdresses stories of her background: formal and informal learning and her vicissitudes at school and in the family, and the progressive distance that imposes itself between her and her family, as her formal education advances and moves away from its original condition. The reconstruction of the time lived poses questions on the relationships between the individual and the collective and promotes reflections on feelings, emotions, work and life projects. The works circulate while being imbued with interpretations and remembrances that are produced at the crossroads between sociology and literature, anchoring themselves in the thought of Pierre Bourdieu.
Downloads
References
AMPARO, P. A. do. Práticas de leitura em conflito no cotidiano escolar. Curitiba, Appris Editora, 2021.
BOURDIEU, P. Esboço de auto análise. São Paulo, Companhia das Letras, 2005.
CATANI, A. M.; CATANI, D. B.; PEREIRA, G. R. de M. “As apropriações da obra de Pierre Bourdieu no campo educacional brasileiro, através de periódicos da área”. Revista Brasileira de Educação, n. 17. Rio de Janeiro, 2001, pp. 63-85.
CATANI, D. B. “Pedagogia e museificação”. Revista USP, n. 8, dez.-fev./1990-1991, pp. 23-26. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i8p23-26.
CATANI, D. B. “Compreender e compreender-se: o campo educacional brasileiro num itinerário de leituras de Pierre Bourdieu”. Educação e Pesquisa, v. 48, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248254836por.
CATANI, D. B. “Ficções teóricas e ficções (auto) biográficas: elementos para uma reflexão sobre ciência e formação no campo educacional”, in M. H. B. Abrahão; I. F. de S. Bragança; M. da S. Araújo (orgs.). Pesquisa (auto) biográfica, fontes e questões. Paraná, Editora CRV, 2020, pp. 27-37.
CATANI, D. B. “Por uma pedagogia da pesquisa educacional e da formação de professores na universidade”. Educar em Revista, n. 37. Curitiba, maio-ago./2010, pp. 77-92. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/arvHfkNLkdw5nJyfdG4pkyQx/?lang=pt. Acesso em: 10/3/2023.
COMPAGNON, A. Literatura para quê? Belo Horizonte, Editora UFMG, 2009.
ERIBON, D. A sociedade como veredito. Belo Horizonte, Âyiné, 2022.
ERIBON, D. Retorno a Reims. Belo Horizonte, Âyiné, 2020.
ERNAUX, A. L’écriture comme un couteau. Entrevista concedida a Frédéric-Yves Jeannet. Paris, Gallimard, 2022b.
ERNAUX, A. “La distinction, oeuvre totale et revolutionnaire”, in E. Louis (org.). Pierre Bourdieu: L’insoumission en héritage. Paris, Presses Universitaires de France, 2013, pp. 17-4 8 .
ERNAUX, A. A vergonha. São Paulo, Fósforo, 2022a.
ERNAUX, A. O lugar. São Paulo, Fósforo, 2021.
GAITSKILL, M.; CONCEIÇÃO, R. V. da C. “O desenraizamento da literatura”. Serrote, n. 42, nov./2022, pp. 62-70.
LAHIRE, B. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo, Ática, 2004.
LARROSA, J. Esperando não se sabe o quê: sobre o ofício do professor. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2019.
LIMA, A. L. G. História da violência. São Paulo, Planeta do Brasil, 2020.
LIMA, A. L. G. O fim de Eddy. São Paulo, Planeta do Brasil, 2018.
LIMA, A. L. G.; MENEZES, R. C. D. de (orgs.). “Contribuições da literatura para a história da educação”. Cadernos de História da Educação, n. 21, 2022.
RANCIÈRE, J. João Guimarães Rosa: a ficção à beira do nada. Belo Horizonte, Relicário Edições, 2021.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Revista USP
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Pertence à revista. Uma vez publicado o artigo, os direitos passam a ser da revista, sendo proibida a reprodução e a inclusão de trechos sem a permissão do editor. |