La durabilité en architecture et en urbanisme : un point omniprésent
DOI :
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2021.185689Mots-clés :
Innovations sociotechniques, Économie politique, Comptabilité critiqueRésumé
La publication de l'épreuve écrite pour l'examen public du professorat à l'Institut d'architecture et d'urbanisme de l'Université de São Paulo (IAU-USP), qui s'est tenue en novembre 2020, vise à contribuer à la problématisation et à l'actualisation du débat sur ce très thème polysémique de la durabilité en architecture et en urbanisme. Fruit d'une récente recherche bibliographique, cet essai pointe une urgence qui est, en même temps, son argument principal : les innovations socio-techniques qui ont pour horizon la pérennité de la vie humaine sur Terre, développées dans le domaine élargi de la la science et la technologie, doivent être étayées par l'analyse de la théorie de la valeur, de la gouvernance urbaine et de la comptabilité critique. Sinon, ils peuvent rester dans l'exceptionnalité du prototype ou dans l'atténuation réduite des dommages environnementaux, voire limités à certains marchés qui peuvent payer pour de telles innovations, sans toucher aux enjeux structurels qui guident les processus d'accumulation dans le capitalisme.
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