O tétano neonatal no Estado de Minas Gerais: contribuição para a compreensão do problema

Autores

  • Lúcio José Vieira Universidade Federal de Minas Gerais; Escola de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-11692003000500011

Palavras-chave:

tétano, recém-nascido, epidemiologia, fatores de risco

Resumo

O estudo objetivou investigar a situação do tétano neonatal no Estado de Minas Gerais, no período de 1989 a 1996. A fonte de dados foram as Fichas de Investigação da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica. Dos 70 casos confirmados, 48 evoluíram para óbito, representando taxa de letalidade de 68,6 % para o período do estudo. Os casos ocorreram em áreas rurais e urbanas muito pobres, as quais apresentam déficit maior na distribuição de recursos de saúde locais. Do total de casos, 59,4% eram de origem rural, 72,1% filhos de mães multíparas, 68,6% utilizaram substâncias inapropriadas no coto umbilical, destacando-se o azeite e o fumo, isolado ou não. A maioria dos partos (65,3%) ocorreu no domicílio e 60,8% foram assistidos por pessoa sem qualificação profissional. As crianças com tétano neonatal, procedentes da zona rural, tiveram 3,9 vezes mais chance de falecer do que aquelas da zona urbana.

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Publicado

2003-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O tétano neonatal no Estado de Minas Gerais: contribuição para a compreensão do problema. (2003). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 11(5), 638-644. https://doi.org/10.1590/S0104-11692003000500011