Mortes por homicídios: série histórica

Autores

  • Flávia Azevedo de Mattos Moura Costa Universidade Estadual de Santa Cruz; Departamento de Ciências da Saúde
  • Ruth França Cizino da Trindade Universidade Federal de Alagoas
  • Claudia Benedita dos Santos Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.1590/0104-1169.3603.2511

Resumo

OBJETIVO: descrever a mortalidade por homicídios em Itabuna, Bahia. MÉTODO: estudo com delineamento híbrido, ecológico e de tendência temporal. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por 1.000 habitantes, ajustados pela técnica direta, mortalidade proporcional segundo sexo e faixa etária e anos potenciais de vida perdidos. RESULTADOS: desde 2005 as causas externas passaram de terceira para segunda causa de morte, sendo os homicídios responsáveis pelo incremento. Nos 13 anos analisados, os homicídios ascenderam 203%, com 94% desses óbitos incidindo na população masculina. Entre essa, o crescimento se deu principalmente na faixa etária de 15 a 29 anos de idade. Apurou-se que 83% das mortes foram por arma de fogo, 57,2% ocorreram em via pública e 98,4% na zona urbana. Em 2012, os 173 homicídios ocasionaram 7.837 anos potenciais de vida perdidos, com cada óbito provocando, em média, a perda de 45,3 anos. CONCLUSÕES: a mortalidade por homicídios em uma cidade de médio porte, na Bahia, atinge índices observados nas grandes metrópoles do país na década 1980, evidenciando que o fenômeno da criminalidade violenta - antes predominante apenas nos grandes centros urbanos - avança para o interior, provocando mudanças no mapa da violência homicida do país.

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Publicado

2014-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Mortes por homicídios: série histórica . (2014). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 22(6), 1017-1025. https://doi.org/10.1590/0104-1169.3603.2511