Tabagismo na coorte de nascimentos de 1982: da adolescência à vida adulta, Pelotas, RS

Autores

  • Ana M B Menezes Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Gicele C Minten Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Pedro C Hallal Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Cesar G Victora Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Bernardo L Horta Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Denise P Gigante Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Fernando C Barros Universidade Católica de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000900011

Palavras-chave:

Adulto, Tabagismo^i1^sepidemiolo, Fatores Socioeconômicos, Desigualdades em Saúde, Estudos de Coortes, Brasil

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de tabagismo em adolescentes e adultos jovens pertencentes a uma coorte de nascimentos de base populacional. MÉTODOS: Estudo prospectivo de coorte dos nascidos em 1982 na cidade de Pelotas, RS, entrevistados em 1997, 2000-1 e 2005. O desfecho estudado foi o tabagismo, definido como consumo de pelo menos um cigarro na última semana nos acompanhamentos de 1997 e 2000-1. No acompanhamento de 2005, a variável dependente foi tabagismo atual. A análise ajustada foi realizada por meio de regressão de Poisson. RESULTADOS: As prevalências de tabagismo entre homens foram de 5,9%, 20,2% e 27,6% nos acompanhamentos de 1997, 2000-1 e 2005, respectivamente. Os respectivos valores para as mulheres foram 9,3%, 27,5% e 23,6%. A idade média de início do fumo foi de 15,1 anos (dp=2,5). Na análise multivariável, menor escolaridade materna, baixa renda familiar em 1982, ter sido pobre durante todo o período acompanhado e fumo materno na gravidez estiveram significativamente associados com maiores prevalências de fumo em ambos os sexos. A cor da pele não branca associou-se com maior risco de fumo apenas entre as mulheres. A amamentação não mostrou associação com tabagismo. Nas mulheres, o fumo esteve inversamente associado com o peso ao nascer na análise bruta, mas perdeu a significância na ajustada. CONCLUSÕES: A maior concentração de tabagismo nos grupos mais pobres sugere que condutas como o combate ao fumo na gestação e o aumento do preço do cigarro poderiam ter importante impacto populacional.

Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Menezes, A. M. B., Minten, G. C., Hallal, P. C., Victora, C. G., Horta, B. L., Gigante, D. P., & Barros, F. C. (2008). Tabagismo na coorte de nascimentos de 1982: da adolescência à vida adulta, Pelotas, RS . Revista De Saúde Pública, 42(suppl.2), 78-85. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000900011