Couch, Dicas e Companhia
mobilidades construídas e práticas de consumo colaborativo entre mulheres mediadas pelo Facebook
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v30i1p46-59Palavras-chave:
Couch das mina e trans #ELENÃO, Viagens colaborativas, Consumo colaborativo, Mobilidades das mulheres, GêneroResumo
Os modos de consumo em viagens têm se complexificado e dinamizado na contemporaneidade, muito influenciados pelos usos das tecnologias de informação e de comunicação. Alguns deles são associados a questões políticas e a movimentos de resistência de grupos minoritários. Diante das problemáticas que dificultam suas mobilidades, como a segurança precária ou a discriminação, alguns desses grupos criam alternativas de consumo colaborativo para superar adversidades. Nesse contexto, o artigo busca investigar de que forma as materialidades digitais e narrativas construídas no grupo de viagens colaborativas Couch das mina e trans #ELENÃO, vinculado ao Facebook, estimulam e otimizam múltiplos modos de consumo em viagens e de mobilidades das mulheres. Como método de análise adotou-se a observação participante, a aplicação de entrevistas e uma revisão bibliográfica. Intenta-se, com essa investigação, contribuir para as reflexões acerca da pluralidade dos modos de consumo em viagens, das limitações encontradas na mobilidade das mulheres que buscam viajar e dos processos metodológicos adotados para melhor compreendê-los.
Downloads
Referências
Albach, V. M., Gândara, J. M. G., Hack Neto E., & Vieira, V. B. (2012). O pensamento de Lefebvre e os usos e consumos dos espaços turísticos. Revista Hospitalidade, 9(1), 105-117.
Barreto Filho, E. T., & Rodrigues, M. C. P. (2016). O lugar do sujeito consumidor entre mediações e midiatizações do consumo: uma perspectiva latino-americana. In Anais do 25º Encontro Anual da Compós (pp. 1-17). Goiânia, GO: Universidade Federal de Goiás.
Barros, C. (2015). Consumo e “materialismo digital” na rede social pinterest. In Anais do 24º Encontro Anual da COMPÓS (pp. 1-19). Brasília, DF: Universidade de Brasília.
Benjamin, W. (1994). O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In W Benjamin, Magia e técnica, arte e política (P. S. Rouanet, trad., 7a ed., pp. 197-221). São Paulo, SP: Braziliense.
Botsman, R., & Rogers, R. (2011). O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai mudar o mundo. Porto Alegre, RS: Bookman.
Buscher, M., Urry, J., & Witchger, K. (Eds.), (2011). Mobile methods. London, LN: Routledge.
Canclini, N. G. (1992). Los estudios sobre comunicación y consumo: el trabajo interdisciplinario em tiempos neoconservadores. Diálogos de la Comunicación, (32), 1-9.
Couch das mina e trans #ELENÃO. (2017). Descrição [Grupo de Facebook]. Recuperado de https://bit.ly/2GBwyN1
De Certeau, M. (2007). A invenção do cotidiano: 1. artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes.
Fournier, S. (1998). Consumer resistance: societal motivations, consumer manifestations, and implications in the marketing domain. Advances in Consumer Research, 25(1), 88- 90
Fragoso, S., Recuero, R., & Amaral, A. (2011). Métodos de pesquisa para internet. Porto Alegre, RS: Sulina.
Gansky, L. (2011). Mesh: porque o futuro dos negócios é compartilhar. Rio de Janeiro, RJ: Alta Books.
Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (5ª ed.). São Paulo, SP: Atlas.
Haesbaert, R. (2007). O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade (3ª ed.). Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil.
Hernández, C. G., Mendoza, M. G., & Villarreal, L. Z. (2009). Reflexión crítica sobre el consumo turístico. Estudios y Perspectivas en Turismo, 18(6), 691-706. Recuperado de https://bit.ly/2yt7bID
Martín-Barbero, J. (2001). Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia (2ª ed.). Rio de Janeiro, RJ: Ed. UFRJ.
Mauss, M. (2015). Ensaio sobre a dádiva: forma e razão da troca nas sociedades arcaicas. In M. Mauss, Sociologia e antropologia (P. Neves, trad., pp. 183-314). São Paulo, SP: Cosac Naify.
Ministério do Turismo. (2009). Hábitos de consumo do turismo do brasileiro. Brasília, DF: Ministério do Turismo. Recuperado de https://bit.ly/2T0G1Cu
Pereira, V. A. (2008). G.A.M.E.S.2.0: gêneros e gramáticas de arranjos e ambientes midiáticos moduladores de experiências de entretenimento, sociabilidades e sensorialidade. In H. Antoun (Org.), Web 2.0: participação e vigilância na era da comunicação distribuída (pp. 65-82). Rio de Janeiro, RJ: Mauad.
Ramos, J. S. (2015). Subjetivação e poder no ciberespaço: da experimentação à convergência identitária na era das redes sociais. Vivência Revista de Antropologia, 1(45), 57-76. Recuperado de https://bit.ly/2YEo6GV
Ruschmann, D. (1991). Marketing turístico: um enfoque promocional. Campinas, SP: Papirus.
Sennett, R. (2012). Juntos: os rituais, os prazeres e a política da cooperação (C. Marques, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Record.
Sheller, M. (2017). Mobility justice and power. In 1ª Escola de Ciência Avançada em Mobilidades: Teoria e Métodos. São Paulo, SP: Escola de Artes, Ciências e Humanidade, Universidade de São Paulo.
Turkle, S. (2006). Always-on/always-on-you: the tethered self. In J. Katz (Ed.), Handbook of mobile communications studies (pp. 121-138). Cambridge, MA: The MIT Press.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial na RTA.
1. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International que só permite uso não comercial e compartilhamento pela mesma licença, com sujeição do texto às normas de padronização adotada pela RTA.
2. A Revista pode solicitar transferência de direitos autorais, permitindo uso do trabalho para fins não-comerciais, incluindo o direito de enviar o trabalho a bases de dados de acesso livre ou pagos, sem a obrigação de repasse dos valores cobrados dos usuários aos autores.
3. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
4. A revista Turismo em Análise não cobra nada de seus autores para submissão ou publicação.