Gestão de crise nas agências de viagens do Brasil: um estudo a partir da percepção dos representantes da Associação Brasileira de Agências de Viagens
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v32i3p494-512Palavras-chave:
Gestão de crise, Vulnerabilidade social, Agências de turismo, Mercado turísticoResumo
No atual cenário econômico brasileiro, a atividade turística tem apresentado dificuldades específicas, as quais têm exigido maior preparo e conhecimento das organizações para se reposicionarem no mercado. Esse contexto também se aplica às agências de viagens, vulneráveis a diversos tipos de crises, tanto externas como internas. Assim, este trabalho analisou o gerenciamento de crise nas agências de viagens do Brasil, por meio de uma abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, cujo instrumento de pesquisa foram entrevistas semiestruturadas com os presidentes da Associação Brasileira de Agências de Viagens. Os resultados apontam que os gestores das agências adotam práticas administrativas intuitivas no enfrentamento das crises e ações de prevenção, planejamento, definição de estratégias de comunicação, parcerias estabelecidas com stakeholders e funcionários, avaliação, aprendizado etc. são modestas e isoladas. Conclui-se que a prática da gestão de crises não é uma realidade no mercado de agência de viagens, e as ações isoladas adotadas não lhes dão a garantia de reposicionamento e superação diante de crises.
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