O erro da morte
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2022.194942Palavras-chave:
Velimír Khlébnikov, Representação da morte, Teatro russo, Vanguarda russaResumo
Escrita em 1915, “O erro da morte” é uma peça teatral de Velimír Khlébnikov (1885-1922). Poeta que foi reconhecido por seus pares como o maior nome do futurismo russo, Khlébnikov recebeu de Maiakóvski a alcunha de “Colombo dos novos continentes poéticos”. Sua trajetória excêntrica – fôra um estudioso das ciências exatas e naturais antes de voltar-se para as humanidades – e plataformas estéticas revolucionárias colocam-no à dianteira do movimento vanguardista. Estudioso das formas linguísticas arcaicas, Khlébnikov soube mesclar a tradição (uma tradição, inclusive, já esquecida) à sua contemporaneidade, sendo um dos principais expoentes daquilo que Jakobson chamou de a “novíssima poesia russa”. No centenário de sua morte, trazemos o drama para o português traduzido diretamente do original. Trata-se de uma tradução literal que não pretende preservar nem a métrica, nem as rimas da criação original. Produzida logo nos primeiros anos do Modernismo russo, a peça propõe uma leitura pouco convencional do retrato da morte que existia até então. Mergulhado em um contexto nacional que almejava o progresso mecanicista (industrial) equiparável ao das grandes potências europeias, não raro os intelectuais do período conjecturavam como essa tecnologia implicaria no prolongamento da vida humana (o caso de “O percevejo” (1929), de Vladímir Maiakóvski, por exemplo). Vemos aqui, portanto, essa nova representação literária da morte: enganada e vencida.
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Copyright (c) 2022 Velimir Khlebnikov; Raquel Abuin Siphone
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