Uso de AFLPS para discriminar raças primitivas de pupunha (Bactris gasipaes) na Amazônia brasileira

Autores

  • Charles R. Clement INPA; CPCA
  • Nelcimar Reis Sousa Embrapa Amazônia Ocidental
  • Doriane Picanço Rodrigues Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Ciências Biológicas
  • Spártaco Astolfi-Filho Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Ciências Biológicas
  • Yolanda Núñez Moreno Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria; Unidad de Marcadores Moleculares; Dpto. Mejora Genética y Biotecnología
  • Vicente Torres Pascual Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria; Unidad de Marcadores Moleculares; Dpto. Mejora Genética y Biotecnología
  • Francisco Javier Gallego Rodríguez Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria; Unidad de Marcadores Moleculares; Dpto. Mejora Genética y Biotecnología

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-90162002000400019

Palavras-chave:

diferenciação populacional, recursos genéticos, marcadores moleculares, análise genética

Resumo

Os primeiros povos da Amazônia ocidental domesticaram a pupunha (Bactris gasipaes Kunth, Palmae) por seu fruto, embora hoje seja muito plantada por seu palmito. Como outros cultivos domesticados, a pupunha apresenta uma hierarquia complexa de raças primitivas criadas antes da conquista das Américas. A existência de três raças (Pará, Solimões, Putumayo) foi proposta ao longo dos rios Amazonas e Solimões, Brasil, com base em características morfológicas. Algumas dúvidas existem sobre a raça intermediária, pois podia ser um artefato da análise morfométrica. AFLPs foram usados para avaliar as relações entre amostras destas raças hipotéticas. DNA foi extraido de 99 plantas representando 13 populações mantidas no Banco de Germoplasma de Pupunha, Manaus, AM; seis combinações de 'primers' geraram 245 marcadores via PCR, que foram codificados num sequenciador ABI Prism 310 e analisados com o programa GeneScan; similaridades de Jaccard foram estimadas e um dendrograma foi criado com UPGMA. Dois grupos de plantas foram observados no dendrograma, em lugar de três, com similaridade de 0,795. Cada grupo continha dois subgrupos, similares a 0,815. Um grupo (n=41) continha 73% de plantas da raça Pará, com um subgrupo (n=22) contendo 91% Pará e o outro (n=19) contendo 53% Pará. O outro grupo (n=58) continha 53% de plantas da raça Solimões e 40% da Putumayo, com um subgrupo (n=21) contendo 52% Solimões e 43% Putumayo, e o outro (n=35) contendo 57% Solimões e 37% Putumayo. O primeiro grupo confirmou a raça Pará, mas o segundo grupo sugeriu que a raça Solimões não existe; em lugar desta raça, a raça Putumayo se extende ao longo do rio Solimões até a Amazônia Central.

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Publicado

2002-12-01

Edição

Seção

Genética e Melhoramento de Planta

Como Citar

Uso de AFLPS para discriminar raças primitivas de pupunha (Bactris gasipaes) na Amazônia brasileira . (2002). Scientia Agricola, 59(4), 743-753. https://doi.org/10.1590/S0103-90162002000400019