Nem essência, nem aparência: a produção de corpos, “normalidades” e liberdades mediadas pelas tecnociências
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902022210199ptPalabras clave:
Corpo, Biopoder, Normalidade, Tecnologia, ObesidadeResumen
Este artigo investiga em que medida certos corpos materializam as normas a partir de intervenções das tecnociências contemporâneas. Trata-se de um estudo qualitativo em que foram construídas três narrativas de pessoas que vivenciaram transformações corporais drásticas por meio de restrições alimentares, atividades físicas excessivas ou cirurgias bariátricas. Essas histórias foram tensionadas com literatura antropológica sobre o corpo e com as elaborações de teóricas feministas, especialmente Judith Butler e Donna Haraway, de forma a fomentar um debate a respeito dos efeitos individuais e coletivos da autoprodução de novas subjetividades. Evidencia-se, finalmente, que, no processo de materialização da “normalidade”, as fronteiras entre a natureza e a técnica são borradas e os corpos podem se abrir tanto para novos constrangimentos como para novos projetos de liberdade em que nem suas supostas essências nem suas aparências estão mais em jogo.
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