Nem essência, nem aparência: a produção de corpos, “normalidades” e liberdades mediadas pelas tecnociências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902022210199pt

Palavras-chave:

Corpo, Biopoder, Normalidade, Tecnologia, Obesidade

Resumo

Este artigo investiga em que medida certos corpos materializam as normas a partir de intervenções das tecnociências contemporâneas. Trata-se de um estudo qualitativo em que foram construídas três narrativas de pessoas que vivenciaram transformações corporais drásticas por meio de restrições alimentares, atividades físicas excessivas ou cirurgias bariátricas. Essas histórias foram tensionadas com literatura antropológica sobre o corpo e com as elaborações de teóricas feministas, especialmente Judith Butler e Donna Haraway, de forma a fomentar um debate a respeito dos efeitos individuais e coletivos da autoprodução de novas subjetividades. Evidencia-se, finalmente, que, no processo de materialização da “normalidade”, as fronteiras entre a natureza e a técnica são borradas e os corpos podem se abrir tanto para novos constrangimentos como para novos projetos de liberdade em que nem suas supostas essências nem suas aparências estão mais em jogo.

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Biografia do Autor

  • Érica Renata de Souza, Universidade Federal de Minas Gerais

    Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Belo Horizonte, MG, Brasil.

  • Alexandre Costa-Val, Universidade Federal de Ouro Preto

    Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Medicina. Ouro Preto, MG, Brasil.

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Publicado

2022-05-12

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Souza, Érica R. de, & Costa-Val, A. (2022). Nem essência, nem aparência: a produção de corpos, “normalidades” e liberdades mediadas pelas tecnociências. Saúde E Sociedade, 31(2), e210199pt. https://doi.org/10.1590/S0104-12902022210199pt