Os três delitos da câmera-arma: crime passional, assassinato em série e selficídio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2023.205514

Palavras-chave:

Fotografia, ato fotográfico, cultura visual, metáfora

Resumo

A presente reflexão toma como ponto de partida a metáfora da câmera como arma para discutir as mudanças do ato fotográfico a partir de três crimes alegóricos: o crime passional, o assassinato em série e o selficídio. Diante das consequências nefastas desses delitos, o ensaio apresenta como possibilidade o desarmamento da imaginação em torno do ato fotográfico, para buscar outras metáforas que não sejam violentas, predatórias e colonizadoras.

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Biografia do Autor

  • Michel de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
    Doutor em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É integrante do Grupo de Estudos de Comunicação e Imaginário (Imaginalis). Autor de Seduzidos pela luz ou bases antropológicas da fotografia (Imaginalis, 2021) e de Saudades eternas: fotografia entre a morte e a sobrevida (Eduel, 2018).

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Publicado

2023-12-11

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Os três delitos da câmera-arma: crime passional, assassinato em série e selficídio. (2023). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 50, 1-15. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2023.205514