A estética da “fotografia animada” na criação contemporânea: desarquivamento, colocação em movimento, escrutínio analítico, montagem, escuta e projeção de imagens de arquivo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2017.115194Palabras clave:
Diaporama, cinema e fotografia, retomada de imagens de arquivo, documentário.Resumen
O objetivo deste artigo é compreender a operação de “animação” de imagens de arquivo originalmente fixas, presente em filmes e obras de arte contemporânea. Os documentários 48, de Susana Sousa Dias, e Retratos de identificação, de Anita Leandro, além da instalação A man called love, da dupla Tamar Guimarães e Kasper Ankhøj, “animam” fotografias oriundas de um passado doloroso, violento e envolto em tabus, trazendo à tona tensões e potências latentes. As projeções fantasmagóricas criadas expressam memórias reprimidas e convidam o espectador a pensar a materialidade dos mediums e a dialética entre cinema e fotografia, no encontro das tecnologias digitais com imagens analógicas.
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