Entre coisas selvagens, monstros e feras: as traduções de Where The Wild Things Are para o português brasileiro e para o chinês

Autores

  • Jamilly Brandão Alvino Universidade de São Paulo. Faculdade de Letras, Filosofia e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v37p563-595

Palavras-chave:

Linguística de Corpus, Tradução, Literatura Infantil, Maurice Sendak, Domesticação, Estrangeirização

Resumo

No presente artigo, relatamos a construção e análise inicial de um corpus paralelo composto por um livro infantil escrito originalmente em inglês por Maurice Sendak, Where the Wild Things Are, e suas traduções para o português brasileiro e para o chinês, a fim de analisar e comparar as traduções publicadas nas duas línguas. A extração inicial de informações desse corpus está pautada na metodologia da Linguística de Corpus, e, almejando uma análise objetiva, foi utilizado o software WordSmith Tools. Após a exploração do corpus, a fim de entender as escolhas tradutológicas para a expressão ‘wild things’, bem como verificar sua possível tradução literal, julgou-se necessário contatar a tradutora Heloisa Jahn e elaborar uma entrevista proposta a onze falantes nativos de chinês. Os dados obtidos revelaram a similaridade entre as duas traduções.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Jamilly Brandão Alvino, Universidade de São Paulo. Faculdade de Letras, Filosofia e Ciências Humanas

    Mestranda em Letras Estrangeiras e Tradução, subárea Tradução e Linguística de Corpus na Universidade de São Paulo. Bolsista CAPES. Editora da Revista Zi Yue. Bacharela em Letras, habilitações português e chinês, pela Universidade de São Paulo.

Referências

AZENHA JUNIOR, J. Tradução & literatura infantil e juvenil. In: AMORIM, L., RODRIGUES, C.; STUPIELLO, É., (orgs.) Tradução &: perspectivas teóricas e práticas [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015: 209-232. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/6vkk8/pdf/amorim-9788568334614-10.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2020.

BARBOSA, H. G.; WYLER, L. BRAZILIAN TRADITION. IN: BAKER, M. (Ed.) Routledge Encyclopedia Of Translation Studies. London/New York: Routledge, 1998: 326-332.

BERBER SARDINHA, T. Linguística de Corpus. São Paulo: Manole, 2004.

CECH, J. Maurice Sendak and "Where the Wild Things Are": A Legacy of Transformation. PMLA, v. 129, n. 1, NY, jan/2014, pp. 104-106. Disponível em:

<https://www.jstor.org/stable/24769425?seq=1#metadata_info_tab_contents>. Acesso em: 20 abr. 2020.

COELHO, N. N. A literatura infantil: história, teoria e análise. 4 ed. São Paulo: Quíron, 1987.

COELHO, N. N. Literatura: arte, conhecimento e vida. São Paulo: Peirópolis, 2000.

DEBUS, E. S.; TORRES, M. H. Sobre a tradução de livros infantis e juvenis. Cadernos de Tradução, v. 36, n. 1, Florianópolis, dez. 2015, p. 10-15. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2016v36n1p10/31104>. Acesso em: 18 abr. 2020.

FANTINUOLI, C.; ZANETTIN, F. (eds.). 2015. Creating and using multilingual corpora intranslation studies. In Fantinouli; Zanettin (eds.) New directions in corpus-based translation studies. Freie Universität Berlin, 2015: 1-9.

HUNT, P. (ed). Understanding Children’s Literature. NY: Routledge, 2005.2 ed.

INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO DE LÍNGUAS DA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS DA CHINA. Xiàndài hànyǔ cídiǎn 现代汉语词典 [Dicionário do Chinês Moderno]. Pequim: The Commercial Press, 2012. Sexta edição.

JATOBÁ, J. R. Poéticas do Traduzir a, na e para a China: uma proposta. Cadernos de Tradução, v. 39, Florianópolis, 2019, pp. 120-147. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2019v39nespp120>. Acesso em: 20 jun. 2020

LANES, S. G. The Art of Maurice Sendak. NY: Harry N. Abrams, 1984. 2 ed.

LOVE, M. Pleco Software. Nova York, 2000.

MENEZES JUNIOR, A. J. B.; CHEN CHEN, F. Wang Wei e o Mistério do Musgo Verde Azulado. Cadernos de Tradução, v. 39, Florianópolis, 2019, pp. 248-258. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-79682019000400248>. Acesso em: 20 jun. 2020.

NEL, P. Wild Things, I Think I Love You: Maurice Sendak, Ruth Krauss, and Childhood. PMLA, Vol. 129, No. 1, New York, janeiro/2014, pp. 112-116. Disponível em:

<https://www.jstor.org/stable/24769428?seq=1#metadata_info_tab_contents> Acesso em: 19 abr. 2020.

O’SULLIVAN, E. Historical Dictionary of Children’s Literature. Historical Dictionaries of Literature and the Arts, No. 46. United Kingdom: Scarecrow Press, 2010.

OITTINEN, R.; KETOLA, A.; GARAVANI, M. Translating Picturebooks: Revoicing the Verbal, the Visual, and the Aural for a Child Audience. New York: Routledge, 2018.

PASCUA-FEBLES, I. Translating Cultural References: The Language of Young People in Literary Texts. In: VAN COLLIE, J.; VERSCHUEREN, W. P. (eds). Children's literature in translation: challenges and strategies. New York: Routledge, 2006: 111-122.

ROCHA, P. A. As primeiras traduções de livros para crianças no brasil. Revista Anthesis, n. 10, v. 5, São Paulo, 2017, pp. 1-5. Disponível em:

<https://periodicos.ufac.br/index.php/anthesis/article/view/617>. Acesso em: 18 abr. 2020.

SCHLEIERMACHER, F. Sobre os diferentes métodos de traduzir. Tradução de Celso Braida. Princípios, v. 14, n. 21, Natal, jan./jun. 2007, pp. 233-265. Disponível em: <https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/500>. Acesso em: 10 abr. 2020.

SCOTT, M. WordSmith Tools version 6. Stroud: Lexical Analysis Software, 2012.

SENDAK, M. Onde vivem os monstros. Tradução de Heloisa Jahn. São Paulo: Cosac Naify, 2ª ed., 2014.

SENDAK, M. Where the Wild Things Are. Estados Unidos da América: Harper USA, 25ª ed., 1988.

SENDAK, M. 野兽出没的地方 [Where the Wild Things Are]. Tradução de AJia. China: Ming Tian Shuan She / Tsai Fong Books, 2009.

SILVA-REIS, D.; MILTON, J. História da Tradução no Brasil: percursos seculares. Translatio, n. 12, Porto Alegre, 2016, pp. 2-42. Disponível em:

<https://seer.ufrgs.br/translatio/article/view/69413>. Acesso em: 20 jun. 2020.

SPROVIERO, M. B. Alguns Tópicos e Problemas de tradução da Língua Chinesa. Revista de Estudos Orientais, n. 5, São Paulo, 2006, pp. 37-58. Disponível em:

<https://social.stoa.usp.br/articles/0016/4758/REO_05_2006_-_Alguns_TA_picos_e_Problemas_de_TraduA_A_o_da_LA_ngua_Chinesa.pdf >. Acesso em: 20 jun. 2020.

TAGNIN, S. E. O; TEIXEIRA, E. (2004). Linguística de Corpus e Tradução Técnica - Relato da montagem de um corpus multivarietal de culinária. Tradterm, 10, São Paulo, dez. 2004, pp. 313-358. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/47184>. Acesso em: 15 abr. 2020.

TAGNIN, S. E. O. O jeito que a gente diz: combinações consagradas em inglês e português. São Paulo: Disal, 2013.

VENUTI, L. The Translator’s invisibility: a history of translation. London & New York: Routledge, 1995.

VIANA, V.; TAGNIN, S. E. O. (Org.). Corpora na Tradução. São Paulo: Hub Editorial, 2015.

WAH, W. Y.; HO, L. China. In: HUNT, P. (ed.) International Companion Encyclopedia of Children’s Literature. New York: Routledge, 2005: 819-825. Segunda Edição.

WILLIAMS, J.; CHESTERMAN, A. THE MAP: A Beginner’s Guide to Doing Research in Translation Studies. Manchester: St. Jerome, 2002/2007.

YANG, J-K.; YANG, L-C. How Words and Pictures Work in the Translation of Maurice Sendak’s Picture Books. 北市大語文學報 TMUE Journal of Language and Literature 1.6, Taipei, jun/2011, pp. 17-34. Disponível em:

<https://www.academia.edu/5056960/How_Words_and_Pictures_Work_in_the_Translation_of_Maurice_Sendaks_Picture_Books>. Acesso em: 20 abr. 2020.

ZILBERMAN, R.; LAJOLO, M. Um Brasil para crianças: para conhecer a literatura infantil brasileira, história, autores e textos. São Paulo: Global, 1993.

Downloads

Publicado

2021-01-29

Como Citar

Alvino, J. B. . (2021). Entre coisas selvagens, monstros e feras: as traduções de Where The Wild Things Are para o português brasileiro e para o chinês. Tradterm, 37(2), 563-595. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v37p563-595