Insoumises, de Conceição Evaristo: a tradução vista sob a lente de elementos paratextuais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v39p106-131Palavras-chave:
Tradução, Paratextos, Insoumises, Conceição EvaristoResumo
Com sua escrita engajada e cheia de referências culturais específicas, a obra de Conceição Evaristo apresenta diversos desafios para a tradução. Insoumises (2016) — tradução da coletânea de contos Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), para o francês, publicada pela editora Anacaona — traz muitos desses elementos relacionados à cultura afro-brasileira. Para a inteligibilidade do texto traduzido em seu contexto de recepção, os elementos paratextuais se mostram fundamentais. Embora no mercado editorial haja resistência ao uso de paratextos do tradutor, tais elementos se mostram não apenas como um espaço propício para dar voz ao tradutor, mas, sobretudo, como um espaço de alteridade. O foco da análise neste artigo será nos paratextos da obra e em alguns aspectos macroestruturais da tradução, em especial, o índice, a ordem de apresentação dos contos e as notas de rodapé, com base em Venuti (1996), Lambert e Van Gorp (1985), Genette (2009), Aixelá (2013) e Mittmann (2003).
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