Lingüística Textual e redação: Redefinindo o conceito de "marca cultural"
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2006.46720Palavras-chave:
Lingüística Textual, marcas culturais, ensino de tradução.Resumo
Desde os trabalhos de Nida e Taber (1964, 1969) sobre a influência das culturas de chegada em textos a serem traduzidos, considerações teóricas sobre a presença de “marcas culturais” e, por conseguinte, sobre procedimentos analíticos voltados à identificação de tais marcas têm sido mais sistematicamente estudadas como resultado da chamada “virada cultural” dos Estudos da Tradução (Reiss, 1971, 1983; Nord, 1988, 1993; Snell-Hornby, 1986) e severamente criticadas pela abordagem desconstrutivista da tradução (por exemplo, Arrojo, 1986, 1992). Por sua vez, o desenvolvimento da Lingüística Textual também colaborou para o alargamento do conceito, trazendo-o, por assim dizer, do mundo exterior – onde ele parecia estar enraizado nos anos de 1960 – para o interior do texto e do discurso. Este trabalho tem por objetivo revisar brevemente essa virada conceitual e discutir suas conseqüências para o ensino de tradução. Exemplos tomados de textos traduzidos do alemão por estudantes brasileiros demonstram como o uso sistemático de conceitos da Lingüística Textual pode ser eficiente para ajudar os estudantes a identificarem camadas de sentido que, distantes da idéia de “marcas culturais” como referência a uma realidade concreta, definem um ponto de vista no texto de partida, legitimam interpretações que demandam ajustes no texto de chegada e podem, assim, ser consideradas culturais num sentido mais amplo do termo.
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