Coloniality and literature on the discoursive construction of the sertão

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i1.197865

Keywords:

sertão, literature and the Brazilian national state, geographical ideologies  , coloniality of power , hegemonic discourses

Abstract

This article seeks to briefly outline the centrality of Brazilian literature in the production of discourse about the sertão. It aims to analyze the many literary representations of the backlands’ landscape up to the beginning of the twentieth century and their significance to the understanding of the sertão as a category to be instrumentalized by the political elites that successively arose in Brazilian soil. From this focus, particular attention is given to the dialogical process of marginalization of the northeastern states of the country and the progressive exclusive identification of the sertão with this region

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Mateus de Novaes Maia, Universidade Federal Fluminense

    Licenciado em Geografia, Mestre em Literatura Brasileira e Doutorando em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense.

References

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 2009.

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. As imagens retirantes: a constituição da figurabilidade da seca pela literatura do final do século XIX e do início do século XX. Varia História, Belo Horizonte, v. 33, n. 61, p. 225-251, 2017.

ALMEIDA, José Maurício Gomes de. A tradição regionalista no romance brasileiro. Rio de Janeiro: Achiamé, 1981.

ALONSO, Angela. Idéias em Movimento: a geração de 1870 na crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

AMADO, Janaína. Região, Sertão, Nação. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 8, n. 15, p. 145-151, 1995.

ANDERSON, Benedict. Imagined Communities. London: Verso, 2006 [1983].

BAKHTIN, Mikhail. A Teoria do Romance II: as formas do tempo e do cronotopo. São Paulo: Editora 34, 2018 [1973].

BARBOSA, Rui. A Conferência de Alagoinhas. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (org.). Obras completas de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Ministério da Educação, 1988. v. 46, t. 3, p. 35-50.

BARROSO, Gustavo. Vida e história da palavra sertão. O Cruzeiro, Rio de Janeiro, 12 jul. 1952, p. 53-54. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=003581&pasta=ano%20195&pesq=%22palavra%20sert%C3%A3o%22&pagfis=81915. Acesso em: 15 fev. 2021.

BOSI, Alfredo. Um mito sacrifical: o indianismo de Alencar. In: BOSI, Alfredo (org.). Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 176-193

BOURDIEU, P. O Poder Simbólico. Difel: Lisboa, 1992 [1989].

CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Pero Vaz de Caminha. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2002.

CANDIDO, Antonio. Literatura de dois gumes. In: CANDIDO, Antonio. (org.). A educação pela noite. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006. p. 163-180.

CAPEL, Horacio. Percepción del medio y comportamiento geográfico. Revista de Geografia, Barcelona, v. 7, n. 1, p. 58-150, 1973.

CARVALHO, Ruy Duarte de. Decálogo neo-animista. BUALA, Lisboa, 2009. Disponível em: https://www.buala.org/pt/ruy-duarte-de-carvalho/decalogo-neo-animista-ruy-duarte-de-carvalho. Acesso em: 28 abr. 2023.

CARVALHO, Rui Duarte de. Desmedida. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2013 [2006].

CARVALHO, Ruy Duarte de. Os papéis do Inglês. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

COUTO, Mia. Encontros e encantos: Guimarães Rosa [2007] In: COUTO, Mia. E se Obama fosse africano? São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 107-120.

CRISTÓVÃO, Fernando. A transfiguração da realidade sertaneja e a sua passagem a mito (A Divina Comédia do Sertão). Revista USP, São Paulo, n. 20, p. 42-53, 1994.

CUNHA, Euclides. Os Sertões. São Paulo: Ubu, 2019 [1902].

DAFLON, Claudete. Narrar o deserto. Caderno de Letras UFF, Niterói, v. 31, n. 60, p. 206-226, 2020.

FERREIRA, Jerusa Pires. Os segredos do sertão da terra: um longe perto. Légua e Meia: Revista de literatura e diversidade cultural, Feira de Santana, v. 3, n. 2, p. 25-39, 2004.

HOBSBAWM, Eric. A era do capital (1848-1875). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009 [1975].

HOBSBAWM, Eric. Introdução. In: HOBSBAWM, E.; RANGER, T. (org.). A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997 [1983]. p. 9-23.

MAIA, João Marcelo Ehlert. A terra como invenção: o espaço no pensamento social brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

MIGNOLO, Walter. The Invention of the Human and the Three Pillars of the Colonial Matrix of Power: Racism, Sexism and Nature. In: MIGNOLO, W.; WALSH, C (ed.). On Decoloniality. Durham: Duke University Press, 2018. p. 153-176.

MORAES, Anita. Civilização e barbárie no romantismo latino-americano: aproximando Facundo, de Sarmiento, e O cabeleira, de Franklin Távora. Revista Lucero, Berkeley, v. 17, n. 1, p. 122-129, 2006.

MORAES, Antonio Carlos Robert. Ideologias geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.

MORAES, Antonio Carlos Robert. O sertão: um “outro” geográfico. Terra Brasilis, Rio de Janeiro, n. 5, p. 11-23, 2003.

NAXARA, Márcia Regina Capelari. Desertos de civilização: significando o Brasil. Letras e Letras, v. 26, n. 1, p. 171-183 2010.

NEVES, Frederico de Castro. A miséria na literatura: José do Patrocínio e a seca de 1878 no Ceará. Tempo, Niterói, v. 11, n. 22, p. 80-97, 2007.

RONAI, Maurice. Paisagem II. GEOgraphia, Niterói, v. 17, n. 34, p. 247-261, 2015.

SAID, Edward. Culture and Imperialism. New York: Random House, 1994.

SAINT-HILAIRE, Auguste de. Voyage dans les provinces de Rio de Janeiro et Minas Geraes. Paris: Grimbert et Dorez, 1830.

SALVADOR, Vicente do. História do Brasil. São Paulo: Weiszflog Irmãos [1889].

SCHAMA, Simon. Landscape and Memory. New York: Vintage, 1996.

SILVA, Moacir. M. F. A propósito da palavra sertão. Boletim Geográfico, São Paulo, n. 90, p. 637-644, 1950.

SOUZA, Candice Vidal e. Fronteira no pensamento social brasileiro: o sertão nacionalizado. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 1, n. 1, p. 55-61, 1998.

Published

2024-04-30

Issue

Section

Dossiê 44: Colonialismo/orientalismo: figuras e figurações do Império em narrati

How to Cite

MAIA, Mateus de Novaes. Coloniality and literature on the discoursive construction of the sertão. Via Atlântica, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 632–674, 2024. DOI: 10.11606/va.i1.197865. Disponível em: https://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/197865.. Acesso em: 15 may. 2024.