Literatura afrodescendente: uma leitura de Solitária à luz de Sueli Carneiro e de Grada Kilomba
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.v26.n1.209112Palavras-chave:
Solitária, literatura afrodescendente, literatura contemporânea brasileira, construção do não-ser, outridadeResumo
O artigo propõe uma leitura de Solitária, romance da escritora Eliana Alves Cruz. Para tal, analisa-se a narrativa das personagens Mabel e Eunice, em que o quarto de empregada e as outras estruturas arquitetônicas de segregação correspondem a uma metonímia para problematizar a persistência da colonialidade e o pensamento escravocrata no Brasil. A análise é desenvolvida a partir dos conceitos de construção do não-ser, da filósofa brasileira Sueli Carneiro, e de outridade, da psicóloga e artista interdisciplinar portuguesa Grada Kilomba. Ao lançarmos luz sobre a literatura afrodescendente, face a questões relacionadas à História do Brasil, pretendemos instigar reflexões acerca do social.
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Referências
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