Em busca da mãe África: identidade e memória no romance Essa Dama Bate Bué, de Yara Nakahanda Monteiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.v26.n1.210059Palavras-chave:
Mãe África, identidade, memória, colonialismo português, Yara Nakahanda MonteiroResumo
O artigo procura analisar como a figura da Mãe África, em Essa dama bate bué, articula uma trama de significados que sugerem a África enquanto um corpo feminino violado e apagado. A personagem Vitória, ao retornar à Angola, faz um percurso identitário que revela, no apagamento da sua história, a violência do colonialismo. A África revelada nessa procura é um continente mutilado pelas guerras e pelo processo de apagamento das identidades africanas pelo Colonialismo Português. Desse modo, a narrativa de Yara Nakahanda Monteiro propõe pensar sobre identidade nacional e racial, memória, pós-memória e o lugar da mulher nas guerras pela independência na África de Língua Portuguesa.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Djaimilia Pereira de. Luanda, Lisboa, Paraíso. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ALMEIDA, Djaimilia Pereira de. Esse Cabelo. São Paulo: Todavia, 2022.
ARENA, Joaquim. Debaixo da nossa pele – uma viagem. Lisboa: INCM, 2017.
ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Tradução Paulo Soethe (coord.). Campinas: Editora Unicamp, 2011.
FONSECA, Maria Nazareth Soares. O corpo feminino da nação. Scripta, Belo Horizonte, v.3, n.6, p.225-236, 1º sem. 2000.
LARANJEIRA, Pires. A negritude africana de língua portuguesa. Porto: Afrontamento, 1995.
MATA, Inocência. Estranhos em permanência: a negociação da identidade portuguesa na pós-colonialidade. Crítica e Sociedade, Revista de cultura política. V.4, nº 1. Julho, 2014.
MONTEIRO, Yara Nakahanda. Essa dama bate bué. São Paulo: Todavia, 2021.
MONTEIRO, Yara Nakahanda. “As minhas raízes são africanas e as minhas asas são europeias”. Entrevista a Yara Monteiro. In: WISER, Doris. Revista Buala, 2020.
MBEMBE, Achille. Afropolitanismo. Áskesis. V.4, nº 2. Julho-dezembro, 2015.
NEUMANN, Erich. A grande Mãe: Um estudo fenomenológico da constituição feminina do inconsciente. São Paulo: Editora Cultrix, 1999.
PAREDES, Margarida. Combater duas vezes: mulheres na luta armada em Angola. Vila do Conde: Verso da história, 2015.
RIBEIRO, Margarida Calafate. Viagens na Minha Terra de “outros” ocidentais. In: RIBEIRO, Margarida Calafate; ROTHWHELL, Phillip. (org.). Heranças pós-coloniais nas Literaturas de Língua Portuguesa. Porto: Edições Afrontamento, 2020.
SARLO, Beatriz. Tempo Passado: Cultura da Memória e Guinada Subjetiva, São Paulo: Companhia das Letras, Belo Horizonte: UFMG, 2007
SOUSA, Noémia de. Sangue Negro. São Paulo: Editora Kapulana, 2016.
PITTS, Johny, Afropean. from Black Europe. London: Penguin Books, 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rafaella Cristina Alves Teotônio

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).









