Ressurreição e Dom Casmurro: o narrador onisciente e o autor ficcional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v26.n1.2025.214760

Palavras-chave:

Machado de Assis, Dom Casmurro, Ressurreição

Resumo

O presente artigo tem por objetivo analisar as semelhanças e diferenças entre os romances Ressurreição (1872) e Dom Casmurro (1899), de Machado e Assis. Tendo em vista a proximidade da temática das duas obras – um homem, corroído pelos ciúmes, que destrói seu relacionamento com a mulher amada –, tenciona-se entender os elementos que distanciam esses dois romances. Em especial, buscar-se-á investigar como as instâncias de narração onisciente em Ressurreição e de autoria ficcional em Dom Casmurro trabalham para tornar as estruturas literárias do romance inaugural de Machado mais complexas quando da publicação da narrativa de Bento Santiago e Capitu.

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Biografia do Autor

  • Luiza Helena Damiani Aguilar, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela FFLCH/USP. Em 2020, obteve o título de mestre pelo mesmo departamento a partir da pesquisa intitulada "Machado de Assis em jornal e livro: diferentes suportes e sentidos dos três contos de Papéis Avulsos publicados antes de Memórias Póstumas de Brás Cubas", com bolsa CNPq. Possui bacharelado em Comunicação Social com Habilitação em Editoração pela Escola de Comunicações e Artes da mesma universidade (2016).

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Publicado

2025-05-22

Como Citar

AGUILAR, Luiza Helena Damiani. Ressurreição e Dom Casmurro: o narrador onisciente e o autor ficcional. Via Atlântica, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 644–673, 2025. DOI: 10.11606/va.v26.n1.2025.214760. Disponível em: https://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/214760.. Acesso em: 15 nov. 2025.