Vencer o tempo como uma fotografia. Falação e silêncio em “Elogio de Maria Teresa”, de Ruy Belo

Autores

  • Biagio D’Angelo Pontifícia Universidade Católica/São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v0i15.50426

Palavras-chave:

relações entre literatura e artes viuais, fotografia, memória, trauma, morte

Resumo

Proponho aqui investigar as relações entre literatura e artes visuais por meio da leitura de uma lírica do poeta português Ruy Belo, Elogio de Maria Teresa, um texto paradigmático da poética da imagem e do vínculo dessa última com o texto. Apoiando-nos em Roland Barthes, tentamos mostrar que a fotografia pode se converter numa proposta de simulacro sagrado, ícone da "memória", no sentido de um passado que continua vivo e um presente determinado. Com efeito, a literatura de Ruy Belo se encarrega de desvendar vazios em uma experiência liminar porque a memória da fotografia sempre fala a partir de um objeto que não é mais, a partir de uma experiência de morte.

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Publicado

2006-06-24

Edição

Seção

Dossiê 15: Poéticas de língua portuguesa comparativismo e contemporaneidade - Entre literatura(s)

Como Citar

D’ANGELO, Biagio. Vencer o tempo como uma fotografia. Falação e silêncio em “Elogio de Maria Teresa”, de Ruy Belo. Via Atlântica, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 101–115, 2006. DOI: 10.11606/va.v0i15.50426. Disponível em: https://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/50426.. Acesso em: 11 mar. 2025.