Cartas para um ladrão de livros
um ladrido para quem corta o relato
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.153755Palavras-chave:
Cinema, documentário, bibliotecas, censuraResumo
O artigo analisa a polêmica ao redor do documentário Cartas para um ladrão de livros. Ao expor o furto de obras raras de acervos públicos brasileiros, seus produtores sofreram ameaças de processos judiciais, o que levou à autocensura do filme. O trabalho avalia essa irônica contradição entre o retrato de um personagem perseguido pela justiça por roubar documentos públicos e vendê-los para colecionadores privados, e a ameaça judicial contra o documentário que denuncia a privatização da memória coletiva. Para isso, será analisada também a repercussão dessa denúncia automutilada: poucos meses após seu lançamento, o filme atraiu a atenção de repórteres da imprensa, que acabaram revelando nomes antes censurados de compradores das obras.
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