Joaquim, Vazante e O nó do diabo
a herança da escravidão (re)vista pelo cinema brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2020.159870Palavras-chave:
Cinema contemporâneo brasileiro, Trabalho escravo, Vazante, Joaquim, O nó do diaboResumo
O cinema brasileiro recente tem se atentado ao tema do trabalho escravo, ou, ainda, ao trabalho precarizado e do passado escravocrata do país, há algum tempo, tendência que possivelmente se acentuou após os eventos políticos de 2016, notadamente o impeachment de Dilma Rousseff. O objetivo deste artigo é, através da análise de Vazante, de Daniela Thomas (2017), Joaquim, de Marcelo Gomes (2017) e O nó do diabo (projeto coletivo com direção de Ian Abé, Gabriel Martins, Ramon Porto Mota e Jhésus Tribuzi, em 2018), buscar a compreensão dos fatos políticos recentes, bem as possíveis razões da reiteração do assunto da escravidão e sua relação com o contexto político brasileiro atual.
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