A bicicleta de Lévi-Strauss
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v17i17p275-292Keywords:
Semiologia. Violência. Lévi- Strauss. Estruturalismo. Filosofia.Abstract
Apontou-se freqüentemente na an-tropologia simbólica a sua negação da política e a
sua maneira de reduzir as violências sociais e históri-
cas a restrições gramaticais. Este artigo mostra que,
pelo contrário, é pela mesma razão que o homem
é um animal simbólico e é um animal político. Se,
com efeito, a noção de sistema simbólico implica
um espaço finito de possibilidades determinadas
umas em relação às outras, podemos mostrar que
o tipo de sistematicidade que as caracteriza impli-
ca sempre uma possibilidade supranumerária, que
só pode ser atualizada por um “ato”. Que o sujeito
não seja o mestre dos seus signos não significa que a
liberdade seja apenas uma ilusão, mas sim que ela é
real, inerente a essas realidades muito singulares que
são os signos e às operações que os fazem advir. Li-
berdade objetiva que consiste antes em fazer advir as
possibilidades do mundo que em realizar nele seus
ideais, mas finita, pois é sempre a do deslocamen-
to de uma limitação de possibilidades a uma outra.
Assim a antropologia se mostra como aquilo que
jamais deixou de ser: uma ciência moral.
Downloads
Downloads
Published
2008-03-30
Issue
Section
Special Section
License
I authorize Cadernos de Campo Journal of Anthropology to publish the work of my authorship/responsibility, as well as I take responsibility for the use of images, if accepted for publication.
I agree with this statement as an absolute expression of truth. On my behalf and on behalf of eventual co-authors I also take full responsibility for the material presented.
I attest to the unpublished nature of the work submitted
How to Cite
Maniglier, P. (2008). A bicicleta de Lévi-Strauss. Cadernos De Campo (São Paulo, 1991), 17(17), 275-292. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v17i17p275-292