As histórias de vida em formação: gênese de uma corrente de pesquisa-ação-formação existencial

Autores

  • Gaston Pineau Université de Tours

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-97022006000200009

Palavras-chave:

Autobiografia, Existência, História de vida, Movimento biográfico, Pesquisa, ação, formação

Resumo

O texto faz um sobrevôo histórico contemporâneo sobre a emergência das práticas multiformes que trabalham com histórias de vida no período de 1980 a 2005. Três períodos se destacam nesse histórico: um período de eclosão (os anos de 1980), um período de fundação (os anos de 1990) e, finalmente, um período de desenvolvimento diferenciador (os anos de 2000). Essa eclosão será interpretada como uma corrente de pesquisa-ação-formação existencial às voltas com 25 anos de vida. Vinte e cinco anos é pouco na escala da história. É, contudo, suficiente para provocar problemas de construção de sentido e de comunicação intergeracional, que serão discutidos neste artigo, a partir de questões como as que seguem: Quais práticas auto-reflexivas de construção histórica geram ou não, mais ou menos conscientemente, essa corrente? Como, ao lado de outras tendências (biográfica, autobiográfica, relatos de vida), essa corrente se inscreve em um movimento biorreflexivo de construção de novos espaços conceituais para trabalhar o crescimento multiforme de problemas vitais inéditos? A nosso ver, na sua modesta escala, ela pode contribuir para fazer de suas práticas uma arte poderosa de autoformação da existência ou, ao contrário, de submissão, conforme permite ou não aos sujeitos apropriarem-se do poder de refletir sobre suas vidas e, desse modo, ajudá-los a fazer delas uma obra pessoal.

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Publicado

2006-08-01

Edição

Seção

Em Foco: Histórias de vida e formação

Como Citar

As histórias de vida em formação: gênese de uma corrente de pesquisa-ação-formação existencial . (2006). Educação E Pesquisa, 32(2), 329-343. https://doi.org/10.1590/S1517-97022006000200009