Habilidades e competências no pensar e fazer geomorfologia: proposta para a formação em geografia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2015.99768Palavras-chave:
Geomorfologia, Habilidade, Competência, EnsinoResumo
As raras contribuições acerca de habilidades necessárias para o pensar e o fazer geomorfologia, em Geografia, constitui a motivação principal que norteia este trabalho. Amparado em noções acerca de habilidade e competência cunhadas por pesquisadores da área educacional e na revisão de literatura pertinente à edificação do conhecimento geomorfológico, propõe-se um guia de referência para a avaliação do desempenho de estudantes de graduação em Geografia, referentes aos conteúdos de geomorfologia. Nesse guia, apresentam-se e discutem-se habilidades identificadas em leituras e discussões sobre conceitos, noções, visualização e representação espacial, importantes ao raciocínio geomorfológico. As habilidades foram organizadas em três eixos referentes: i) ao entendimento conceitual e ao raciocínio geomorfológico; ii) à representação geomorfológica: linguagem imagética e iii) à Linguagem.Downloads
Referências
ABREU, Adilson A. Análise geomorfológica: reflexão e aplicação uma contribuição ao conhecimento das formas de relevo no Planalto de Diamantina. 1982. 296 f. Tese (Livre docência) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1982.
AB’SABER, Aziz N. Um conceito de Geomorfologia a serviço das pesquisas sobre o quaternário. Geomorfologia. São Paulo, USP/Instituto de Geografia, n.18, 1969, p.1-22.
AMARAL, Ilídio. Aspectos da evolução da Geomorfologia. Notícias Geomorfológicas. Campinas, 9(16): 3 -18, dez, 1969.
AUGUSTIN, Cristina H. R. O futuro da Geografia Física. Boletim Geografia Teorética. Rio Claro, São Paulo: Rio Claro, SP: Associação de geografia teorética, 15 (29-30):141-153, 1985.
AUGUSTIN, Cristina H. R. Algumas considerações sobre as várias tendências do estudo geomorfológico. Revista Geografia e Ensino. Belo Horizonte, 2(2), p. 30-40, dez. 1984.
BIROT, Pierre. Les méthodes de la morphologie. Paris: Presses Unviersitares de France, 1955.
CECCHET, Janira M. Iniciação cognitiva do mapa. 1982. 186 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, 1982.
CHRISTOFOLETTI, Antônio. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blücher, 1980.
CHRISTOFOLETTI, Antônio. O Desenvolvimento da Geomorfologia. Notícia Geomorfológica. Campinas, 12(13):13-30, jun. 1972.
CHOI, J. Sex Differences in spatial abilities in humans: two levels of explanation. In: VOKEY, J. R.; ALLEN, S. W. Psychological Sketches. 5. ed. Lethbridge: Department of Psychology and Neuroscience, University of Lethbridge, 2001 apud SEABRA, Rodrigo D.; SANTOS, Eduardo T. Proposta de desenvolvimento da habilidade de visualização espacial através de sistemas estereoscópicos. In: CONGRESO NACIONAL Y 1RO. INTERNACIONAL, 4. Rosario, Argentina. p. 6-8 oct. 2004. Disponível em <http://rodrigoduarte.pcc.usp.br/Artigos/EGRAFIA_2004.pdf> Acesso em: 08 out. 2007.
ELIOT, John.; SMITH, Ian. M. An International Directory of Spatial Tests. Windsor, UK: NFER-Nelson,1983 apud ISHIKAWA, Toru; KASTENS, Kim A. Why some students have trouble with maps and other spatial representations. Journal of Geoscience Education. v. 53, n. 2, mar., 2005, p. 184-97.
GRANGER, Gaston G. Essai d’une philosophie du style. Paris: A. Colin. [1968] 1988 apud JOBERT, Guy. A profissionalização: entre competência e reconhecimento social. In: ALTET, Marguerite; PAQUAY, Léopold.; PERRENOUD, Philippe. A profissionalização dos formadores de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003. Cap.11, p. 221-244.
GREGORY, Ken J. A natureza da geografia física. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992.
ISHIKAWA, Toru; KASTENS, Kim A. Why some students have trouble with maps and other spatial representations. Journal of Geoscience Education. v. 53, n. 2, mar., 2005, p. 184-197.
ISHIKAWA, Toru. Spatial knowledge acquisition in the environment: The integration of separately learned places and the development of metric knowledge, Doctoral dissertation, University of California, Santa Barbara 2002 apud ISHIKAWA, Toru; KASTENS, Kim A. Why some students have trouble with maps and other spatial representations. Journal of Geoscience Education. v. 53, n. 2, mar., 2005, p. 184-97.
JOBERT, Guy. A profissionalização: entre competência e reconhecimento social. In: ALTET, Marguerite; PAQUAY, Léopold.; PERRENOUD, Philippe. A profissionalização dos formadores de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003. Cap.11, p. 221-244.
KALI, Yael; ORION, Nir. Spatial abilities of High-school students in the perception of Geologic structures. Journal of research in Science Teaching, v. 33, n. 4,1996, p. 369-391.
KING, Helen. Understanding spatial literacy: cognitive and curriculum perspectives. Planet, Plymonth, n. 16, p. 26-28, 2006. Disponível em: <http://www.gees.ac.uk/planet/p17/hk.pdf> Acesso em: 10 out. 2007.
LEUZINGER, Victor. R. Controvérsias geomorfológicas. 1948. 208 f. Tese (Provimento do cargo de catedrático de Geografia Física) – Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, 1948.
LIBARKIN, Julie C.; BRICK, Christine. Research methodologies in science education: visualization and the geosciences. Journal of Geoscience Education, v. 50, n. 4, 2002, p. 449-455.
LIBEN, L., S.; DOWNS, R. M. Understanding person-space-map relations: cartographic and developmental perspectives. Developmental Psychology, v. 29, p. 739-752, 1993 apud ISHIKAWA, Toru; KASTENS, Kim A. Why some students have trouble with maps and other spatial representations. Journal of Geoscience Education. v. 53, n. 2, mar. 2005, p. 184-197.
LINN, M.; PETERSEN, A. C. Emergence and characterization of sex differences in spatial ability: A meta-analysis, Child Development, 56:1479-1498. 1985 apud KING, Helen. Understanding spatial literacy: cognitive and curriculum perspectives. Planet, Plymonth, n. 16, p. 26-28, 2006. Disponível em: <http://www.gees.ac.uk/planet/p17/hk.pdf> Acesso em: 27 mai. 2013.
MACHADO, Nilson J. Epistemologia e didática: as concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 2000.
MARINHO, Eduardo G. do A. Desenvolvimento e natureza da geomorfologia. Cadernos IG/UNICAP. Campinas: UNICAMP, v. 5, n. 1, 1995, p. 9 -21.
MARQUES, Jorge S. Ciência Geomorfológica. In: Guerra, A. J. T.; CUNHA, S. B. da. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994, p. 23-50.
MORETTO, Vasco. P. Prova: um momento privilegiado de estudo, não de um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
PERRENOUD, Philippe. 10 Novas competências para ensinar. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Tradução de Bruno Charles Magne. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
PITTY, Alistair. The nature of Geomorphology. London: Methuen & Cia, 1982.
POZO, Juan I. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Tradução de Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2002
REYNAUD, A. Épistémologie de la Géomorphologie. Paris: Masson et Cie, 1971.
RHOADS, Bruce L.; THORN Colin E. The Scientific Nature of Geomorphology. England: johnWiley & Sons, Ltd., 1996.
SEABRA, Rodrigo D.; SANTOS, Eduardo T. Proposta de desenvolvimento da habilidade de visualização espacial através de sistemas estereoscópicos. In: CONGRESO NACIONAL Y 1RO. INTERNACIONAL, 4. Rosario, Argentina–6 a 8 de octubre, 2004. Disponível em <http://rodrigoduarte.pcc.usp.br/Artigos/EGRAFIA_2004.pdf> Acesso em: 08 out. 2007.
SOUZA, Carla J. O. Geomorfologia no ensino superior: difícil, mas interessante! Por quê? Uma discussão a partir dos conhecimentos e das dificuldades entre graduandos de geografia – IGC/UFMG. Belo Horizonte. 2009. 268 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais, 2009.
SOUZA, Carla J. O. Ensino de Geomorfologia contextualizado na transposição didática. In: SIMPÓSIO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA, 10., 2003, Rio de Janeiro, Anais... Rio de Janeiro: UERJ, nov. 2003, p. 156-165.
SUERTEGARAY, Dirce M. A. Geomorfologia: novos conceitos e abordagens. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA, 7., 1997, Curitiba. Anais... Curitiba, 1997, p. 24-30.
SUERTEGARAY, Dirce M. A. O que ensinar em Geografia (física)? In: REGO, Nelson; SUERTEGARAY, Dirce; HEIDRICH, Álvaro (Org.) Geografia e Educação. Geração de Ambiências. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000, p.97-106.
SUERTEGARAY, Dirce M. A; NUNES, João O. R. A natureza da Geografia Física na Geografia. Terra Livre – AGB. São Paulo: AGB, São Paulo, n.17, 2001, p.11-24.
SUERTEGARAY, Dirce. M. A. Tempos longos... tempos curtos... na análise da Natureza. Geografares, Vitória, 2002, p. 159-163.
THORNBURY, William. Alguns conceptos fundamentals. In: THORNBURY, William. Princípios de Geomorfologia. Tradução de K. C Turner. Buenos Aires: Kapelusz, 1965. p. 11-16; 17-35. Título original: Principles of Geomorphology.
TRICART, Jean L. F. Principes et méthodes de la geomorphologie, Paris: Masson, 1965.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Carla Juscélia Oliveira SOUZA, Roberto Célio Valadão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).