Design, fotografia e inclusão social no patrimônio brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28d2e46Palavras-chave:
Patrimônio cultural, Iphan, Design, Fotografia, EconomiaResumo
Este trabalho busca apresentar novas perspectivas sobre o patrimônio cultural brasileiro, especialmente quanto às décadas de 1970 e 1980, quando a fotografia elabora novos sentidos de forma determinante, contribuindo com a organização institucional de outros discursos. Para
tanto, dois aspectos são levados em consideração: primeiramente serão abordadas as mudanças do design, reconhecendo que a atuação de Aloísio Magalhães foi fundamental para que uma nova agenda chegasse do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo, em vista das atividades do Centro Nacional de Referência Cultural (CNRC), reconhece-se a
importância da política implementada e o papel evidente da fotografia na formulação de novas agendas e discursos. Por fim, constata-se que este período se revela um momento de mudança ligado a domínios que não dizem respeito diretamente ao patrimônio cultural.
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