O tombamento do Terreiro da Casa Branca: representações e a chancela de um discurso acerca da expansão das políticas de preservação patrimonial na linha editorial do Iphan

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-02672022v30e36

Palavras-chave:

Terreiro da Casa Branca, Processo de tombamento, Linha editorial, Iphan

Resumo

A partir das práticas discursivas da linha editorial do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (Iphan), especificamente do Boletim Sphan/Pró-Memória e da Revista do
Patrimônio, este trabalho analisa a narrativa construída em torno do tombamento do Terreiro da Casa Branca, em Salvador (BA). A abordagem de questões relativas ao tombamento, aliada a diferentes estratégias discursivas adotadas pelos autores que discorrem sobre o processo, associam o Terreiro da Casa Branca à expansão patrimonial das políticas preservacionistas do Iphan na década de 1980. Outras experiências do órgão, como o tombamento da Serra da Barriga (AL), não são tidas, contudo, como parte dessa expansão, sendo eclipsadas ou ainda tomadas como sinônimos do tombamento da Casa Branca. Isso ocorre, dentre outras razões, devido à compreensão do que seria o patrimônio cultural naquele momento. Analisar esse processo ajuda a esclarecer como um determinado contexto sociocultural é restringido dentro da linha editorial do Iphan em favor de uma única experiência, e como isso impede que ocorram avanços na valoração de demais patrimônios afro-brasileiros por esse setor do órgão.

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Biografia do Autor

  • Hugo Stefano Monteiro Dantas, Universidade Federal de Pernambuco

    Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE, com dissertação sobre a arquitetura popular na linha editorial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Arquiteto e urbanista pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com período sanduíche na Universidade da Georgia. E-mail: hugostmd@gmail.com.

  • Natália Correia Brandão , Universidade Federal da Bahia

    Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, Conservação e Restauro da Universidade
    Federal da Bahia (UFBA). Arquiteta e urbanista pela UFBA. E-mail: natalia.correia@ufba.br.

  • Carine Ayanne Mendes Farias, Universidade Federal de Pernambuco

    Mestranda no programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de
    Pernambuco (UFPE). Arquiteta e urbanista pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). E-mail: carineayanne@gmail.com.

  • Márcia Sant'Anna, Universidade Federal da Bahia

    Professora Associada da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professora
    permanente do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos na mesma instituição. Professora colaboradora do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio (PEP) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Doutora e mestra em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. Arquiteta e urbanista pela Universidade de Brasília (UnB). E-mail: santanna.m@gmail.com.

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Publicado

2022-11-04

Edição

Seção

Estudos de Cultura Material

Como Citar

DANTAS, Hugo Stefano Monteiro; BRANDÃO , Natália Correia; FARIAS, Carine Ayanne Mendes; SANT'ANNA, Márcia. O tombamento do Terreiro da Casa Branca: representações e a chancela de um discurso acerca da expansão das políticas de preservação patrimonial na linha editorial do Iphan. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 30, p. 1–36, 2022. DOI: 10.1590/1982-02672022v30e36. Disponível em: https://revistas.usp.br/anaismp/article/view/195053.. Acesso em: 18 nov. 2024.