Heritage protection of Terreiro da Casa Branca: representations and discursive approval of Iphan’s editorial line regarding the expansion of heritage protection policies
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672022v30e36Keywords:
Terreiro da Casa Branca, Heritage Protection Process, Editorial, IphanAbstract
Based on the discursive practices used by the National Historic and Artistic Heritage Institute’s (Iphan) editorial, specifically on the publications Boletim Sphan/Pró-Memória and Revista do Patrimônio, this paper analyzes the narrative built around the heritage protection process of the candomblé Terreiro da Casa Branca, located in Salvador, Bahia, Brazil. Debates regarding this protection process, allied to different discursive strategies employed by authors, associate this process with the expansion of Iphan’s heritage protection policies in the 1980s. Other experiences within Iphan, such as the listing of Serra da Barriga, located in the state of Alagoas, are not considered part of such expansion, being overshadowed or understood as
synonym of the Terreiro’s case. This is due, among other reasons, to the understanding of what a cultural heritage was at that time. Analyzing this process contributes to elucidate how a certain social and cultural context is restricted within Iphan’s editorial line in favor of a single experience, and this prevents advancements in the valorization of Afro-Brazilian heritage.
Downloads
References
FONTES IMPRESSAS
ALMEIDA, Luiz Sávio de. 300 anos de Zumbi. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, Rio de Janeiro, n. 25, p. 241-245, 1997.
AMADO, Jorge. A palavra de Jorge Amado. Boletim Sphan/Pró-Memória, Rio de Janeiro, n. 20,
p. 22, 1982.
ANDRADE, Rodrigo Melo Franco de. Programa. Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 1, p. 3-4, 1937.
BAHIA terá monumentos religiosos negros preservados. Boletim Sphan/Pró-Memória, Rio de
Janeiro, n. 20, p. 21-22, 1982.
CAPINAM, Maria Bernadete; RIBEIRO, Orlando. A coroa de Xangô no Terreiro da Casa Grande.
Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 21, p. 165-171, 1986.
CASA Branca: Secretaria de Cultura recebe pedido de tombamento. Boletim Sphan/PróMemória, Rio de Janeiro, n. 23, p. 14, 1983.
CHUVA, Márcia Regina Romeiro. Os arquitetos da memória: sociogênese das práticas de
preservação do patrimônio cultural no Brasil (anos 1930-1940). Rio de Janeiro: Editora
UFRJ, 2009.
D’ADESKY, Jacques. Acesso diferenciado dos modos de representação afro-brasileira no
espaço público. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 25,
p. 306-316, 1997.
DIÉGUES JÚNIOR, Manuel. A África na vida e na cultura do Brasil. Revista do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 27, p. 11-28, 1997.
FONSECA, Maria Cecília Londres da. Da modernização à participação: a política federal de
preservação nos anos [19]70 e [19]80. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio
de Janeiro, n. 24, p. 153-164, 1996.
GURAN, Milton. Sobre o longo percurso da matriz africana pelo seu reconhecimento
patrimonial como uma condição para a plena cidadania. Revista do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 35, p. 213-225, 2017.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Processo de tombamento
nº 1067 – T – 82, Terreiro da Casa Branca – BA. Rio de Janeiro: Iphan, ago. 1986a.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Processo de tombamento
nº 1069 – T – 82, Serra da Barriga – AL. Rio de Janeiro: Iphan, fev. 1986b.
MAGALHÃES, Aloísio. Apresentação do Boletim. Boletim Sphan/Pró-Memória, Rio de Janeiro,
n. 0, p. 1-2, 1979.
MOTTA, Roberto. Palmares e o comunitarismo negro no Brasil. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 25, p. 223-230, 1997.
OLENDER, Marcos. O afetivo efetivo: sobre afetos, movimentos sociais e preservação do
patrimônio. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 35,
p. 321-341, 2017.
PROENÇA FILHO, Domício. A trajetória do negro na literatura brasileira. Revista do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 25, p. 159-177, 1997.
VELHO, Gilberto. Antropologia e patrimônio cultural. Revista do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n. 20, p. 37-39, 1984.
LIVROS, ARTIGOS E TESES
AMORIM, Carlos. Limites do Iphan no trato dos templos afro-brasileiros. In: O patrimônio
cultural dos templos afro-brasileiros. Salvador: Oiti, 2011. p. 19-28.
ARANTES, Antônio Augusto. Trajetórias e desafios do Inventário Nacional de Referências
Culturais (INRC). [Entrevista cedida a] Sara Santos Morais, Rodrigo Martins Ramassote, Antonio Augusto Arantes Neto. Revista CPC, São Paulo, n. 20, p. 221-260, 2015. DOI: 10.11606/
issn.1980-4466.v0i20p221-260.
AZEVEDO, Paulo Ormindo de. PCH: a preservação do patrimônio cultural e natural como
política regional e urbana. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo,
v. 24, n. 1, p. 237-256, 2016. DOI: 10.1590/1982-02672016v24n0109.
CABRAL, Renata Campello; JACQUES, Paola Berestein. O antropófago Oswald de Andrade e
a preservação do patrimônio: um “devorador” de mitos? Anais do Museu Paulista: História e
Cultura Material, São Paulo, v. 26, p. 1-39, 2018. DOI: 10.1590/1982-02672018v26e32.
CARVALHO, Aluizio Victor de Souza. Os projetos gráficos da Revista do Patrimônio:
trajetórias do design e do Iphan. 2013. Dissertação (Mestrado em Preservação do Patrimônio
Cultural) – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, 2013.
CHUVA, Márcia. Possíveis narrativas sobre duas décadas de patrimônio: de 1982 a 2002. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Brasília, DF, v. 37, p. 79-103, 2017.
DANTAS, Hugo; CABRAL, Renata Campello. A arquitetura popular na Revista do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo,
v. 30, p. 1-60, 2022. DOI: 10.1590/1982-02672022v30e14.
DIAS, Welbia Carla. Boletim Sphan/FNPM: um espaço de comunicação do patrimônio cultural.
Dissertação (Mestrado em Preservação do Patrimônio Cultural) – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, 2012.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Loyola, 2012.
GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural
no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996.
GUEDES, Tarcila. O lado doutor e o gavião de penacho: movimento modernista e patrimônio
cultural no Brasil: O serviço do patrimônio histórico (Sphan). São Paulo: Annablume, 2000.
LANARI, Raul de Oliveira. O patrimônio por escrito: a política editorial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional durante o Estado Novo (1937-1946). 2010. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução de Bernardo Leitão. Campinas: Editora da
Unicamp, 1990.
LERNER, Dina et al. Mesa-redonda: Tombamento. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, Rio de Janeiro, n. 22, p. 69-79, 1987.
MAGALHÃES, Aloísio. E triunfo? A questão dos bens culturais no Brasil. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1985.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. A História, cativa da Memória? Para um mapeamento
da Memória no campo das Ciências Sociais. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, [S. l.],
n. 34, p. 9-23, 1992. DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v0i34p9-23.
PEREIRA, Julia da Rocha. Sacerdotes e profetas do patrimônio urbano no Brasil: consensos e
dissonâncias no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan (1990-2010). 2021. Tese
(Doutorado em Desenvolvimento Urbano) – Centro de Artes e Comunicação, Universidade
Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
RIBEIRO, Robson Orzari. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: textos de
história da arte engajados na política de preservação no Brasil. 2013. Dissertação (Mestrado
em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, 2013.
RUBINO, Silvana. As fachadas da história: as origens, a criação e os trabalhos do Sphan, 1936-
1992. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 1992.
SANT’ANNA, Marcia. O projeto MAMNBA: contexto político institucional, desdobramentos
conceituais e técnicos. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 28,
p. 1-17, 2020. DOI: 10.1590/1982-02672020v28d2e29.
SERRA, Ordep. O tombamento do Terreiro da Casa Branca do Engelho Velho Ilê Axé Iyá Nassô
Oká. In: AMORIM, Carlos (org.). O patrimônio cultural dos templos afro-brasileiros. Salvador:
Oiti, 2011. p. 37-54.
SILVA, Cíntia Mayumi de Carli. Revista do Patrimônio: editor, autores e temas. 2010. Dissertação (Mestrado em História, Política e Bens Culturais) – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2010.
TOMBAMENTOS: Terreiro da Casa Branca. Boletim Sphan/Pró-Memória, Rio de Janeiro, n. 30,
p. 37, 1984.
VELHO, Gilberto. Patrimônio, negociação, conflito. In: AMORIM, Carlos (org.). O patrimônio
cultural dos templos afro-brasileiros. Salvador: Oiti, 2011. p. 53-67.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Hugo Stefano Monteiro Dantas, Natália Correia Brandão , Carine Ayanne Mendes Farias, Márcia Sant'Anna
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).