Arte contemporânea, virada decolonial e neoliberalismo progressista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2025.233378Palavras-chave:
Arte, Emancipação, Imaginários revolucionários;, Neoliberalismo Progressista, Virada DecolonialResumo
O texto propõe uma reflexão sobre a articulação entre arte, política e os imaginários revolucionários no contexto de hegemonia do neoliberalismo progressista. Para tanto, toma-se como hipótese que hoje, nos cenários artísticos da América Latina, a relação entre arte e imaginários revolucionários foi recolocada e atualizada, sobretudo, por produções artísticas alinhadas com as perspectivas decoloniais. A partir desse cenário, o texto problematiza os limites e impasses de uma propalada virada decolonial nos museus de arte e noções de autonomia e emancipação nos trabalhos de arte comprometidos com uma perspectiva decolonial.
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