Juntó para mover Sankofa

Escrevivências do Performer em diáspora africana

Autores

  • Erick Santos Universidade Federal da Bahia (UFBA)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v13i1p97-110

Palavras-chave:

Ancestralidade, Cosmopercepção, Performer, Juntó, Sankofa

Resumo

Apresento, através desta pesquisa, o viés afrorreferenciado e suas dinamizações para a criação cênica. O projeto desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Dança da Universidade Federal da Bahia (PPGDAN-UFBA) toma como aportes principais os fundamentos da ancestralidade, o adinkra Sankofa, a cosmopercepção que abrange o ser por inteiro e o candomblé para uma composição artística-acadêmica centralizada, e como ponto de partida o corpo, este sendo negro, candomblecista, periférico, interiorano e às margens da sociedade. É urgente e mister que a criação cênica esteja pautada nos próprios fazeres, nas inspirações e no embasamento teórico-prático no e a partir do ser negro em nosso território. As metodologias amalgamadas são a “escrevivência” e a “autoetnografia” aplicadas nas Artes das Cenas, ambas articuladas aos materiais do próprio pesquisador no diálogo com a base teórica e a prática junto à escrita, o Juntó. O objetivo desse nó é desatar caminhos ancestrais afrodiaspóricos nos fazeres das artes cênicas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Erick Santos, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

    Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre. Pesquisa concluída em 2022. Dança e Diáspora Africana: expressões poéticas, políticas, educacionais e epistêmicas, profa. Drª. Maria Lurdes Barros da Paixão. Bolsa CAPES. Erick Santos é Performer em Diáspora Africana e Artista da Cena.

Referências

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MACHADO, Adilbênia Freire. Filosofia africana: ancestralidade e encantamento como inspirações formativas para o ensino das africanidades. Fortaleza: Imprece, 2019.

MACHADO, Adilbênia Freire; PETIT, Sandra Haydée. Filosofia africana para afrorreferenciar o currículo e o pertencimento. Rev. Exitus, Santarém, v. 10, e020079, 2020. Disponível em <http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-94602020000100251&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 07 dez. 2023. Epub 28-Mar-2022. https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n1id882.

NASCIMENTO, Abdias. O Quilombismo: documentos de uma militância panafricanista. São Paulo: Editora perspectiva; Rio de Janeiro: Ipeafro, 2019.

NASCIMENTO, Elisa Larkin (org.) Sankofa: matrizes africanas da cultura brasileira. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996.

OLIVEIRA, Eduardo. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2021.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. Visualizing the Body: Western Theories and African Subjects in: COETZEE, Peter H.; ROUX, Abraham P.J. (eds). The African Philosophy Reader. New York: Routledge, 2002, p. 391-415. Tradução para uso didático de Wanderson Flor do Nascimento.

RIBEIRO, Katiúscia. O futuro é ancestral. Le monde diplomatique e coluna Anpof. Brasília, 19 out. 2020. Disponível em: https://www.anpof.org/comunicacoes/colunaanpof/o-futuro-e-ancestral. Acesso em: 07 dezembro 2023.

Downloads

Publicado

2024-10-11

Como Citar

Juntó para mover Sankofa: Escrevivências do Performer em diáspora africana. (2024). Revista Aspas, 13(1), 97-110. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v13i1p97-110