Poéticas do Diverso: Negridades, periferias e diferença fugitiva

Autores

  • Altemar Di Monteiro Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v13i1p111-123

Palavras-chave:

Performatividades negras, Periferia, Diferença radical, Diversidade

Resumo

Reconhecendo a capacidade criativa que a negridade anuncia — a de expor e dissolver a separabilidade de todas as coisas e desafiar a transparência como política de tokenização dos corpos negros —, este artigo questiona a agenda jurídico-moral global do multiculturalismo e da diversidade — e sua captura pelo sistema neoliberal nas artes — para reafirmar uma Poética do Diverso. Pensando com o poeta e dramaturgo martinicano Édouard Glissant, temos o interesse de articular, com estudos negros contemporâneos, táticas de fuga ao rolo compressor das estratégias neoliberais de tokenização de nossa existência.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Altemar Di Monteiro, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

    Professor na Graduação em Teatro UFMG (Licenciatura e Bacharelado) na área de Teatros Negros. Pesquisador, dramaturgo, encenador, diretor fundador do Nóis de Teatro, grupo atuante há 22 anos na periferia de Fortaleza – Ce. Doutor e Mestre em Artes, Especialista em Arte-educação, licenciado e tecnólogo em Teatro. Líder do Grupo de Pesquisa “Negruras – Performatividades (poéticas e pedagogias) negras e periféricas”. Dramaturgo e diretor de “Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro”, “Ainda Vivas”, “Desterro”, dentre outras peças. Trabalha nas áreas de Teatros Negros, Teatros de Rua, Pedagogias da Cena, Corporeidades e seus atravessamentos periféricos e raciais. Autor do livro “Caminhares Periféricos – Nóis de Teatro e a Potência do Caminhar no Teatro de Rua Contemporâneo” (Editora Piseagrama, Belo Horizonte, 2018).

Referências

GLISSANT, É. Introdução a uma poética da diversidade. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2005.

GLISSANT, É. Poetics of relation. Translated by Betsy Wing. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1997.

MARTINS, L. M. Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no Jatobá. São Paulo: Perspectiva; Belo Horizonte: Mazza Edições, 2021.

MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Tradução de Sebastião Nascimento. São Paulo: N-1 Edições, 2018.

MOMBAÇA, J. A plantação cognitiva. In: MASP AfterAll. São Paulo: MASP, 2020.

MOMBAÇA, J. Cerimônia de abertura da IX Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG. Canal Extensão UFMG. Maio de 2021. Disponível em: https://youtu.be/vFd2aetWccg. Acesso em 22 mai. 2021.

SILVA, D. F. A dívida impagável. São Paulo: Oficina de Imaginação Política/Living Commons/A Casa do Povo, 2019.

SILVA, D. F. Homo Modernus: para uma ideia global de raça. RJ: Cobogó, 2022.

SODRÉ, M. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro: Imago Ed.; Salvador, BA: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 2002.

SODRÉ, M. Pensar Nagô. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

VERGÈS, F. Decolonizar o museu: Programa de desordem absoluta. São Paulo: Ubu Editora, 2023.

Downloads

Publicado

2024-10-11

Como Citar

Poéticas do Diverso: Negridades, periferias e diferença fugitiva. (2024). Revista Aspas, 13(1), 111-123. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v13i1p111-123