Capengá! Uma ginga intrusa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i1p10-25Palavras-chave:
dança contemporânea, performance, poéticas, corpo intruso, arte DEF, cultura DEF, teoria crip, bipedia compulsóriaResumo
Este ensaio propõe uma reflexão poético-teórica, a partir da vida vivida, sobre a potência estética, política e epistemológica da palavra “capenga”. Tendo como metodologia de investigação a prática artística, busca-se esmiuçar e ampliar os significados da palavra, fazendo dela um campo de criação que produz Dança Contemporânea – uma dança que tropeça, titubeia e desconcerta e que enfrenta a noção da capacidade corporal compulsória que ainda impera na própria Dança. Um experimento de escrita capenga. Um relato de como o ordinário pode se transformar em investigação de linguagem. Uma tentativa de traduzir o afeto que se tem por uma palavra.
Downloads
Referências
ALBRIGHT, Ann Cooper. Coreographing difference. Hanover: Wesleyan University Press, 1997.
CAPENGAR GANG_01. [S. l.: s. n.], 2024. Publicado pelo canal Casa de Zuleika. 1 vídeo (5 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z_-cl-RQQuE. Acesso em: 24 nov. 2025.
CARMO, Carlos Eduardo Oliveira do. Vocês, bípedes, me cansam! Modos de aleijar a dança como contranarrativa à bipedia compulsória. 2023. Tese (Doutorado em Difusão do Conhecimento) – Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2023.
CONVIDA - SelfishCÂMERA de Estela Lapponi (SP). [S. l.: s. n.], 2020. Publicado pelo canal SescBrasil. 1 vídeo (5 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SWhtn2IH5Fk. Acesso em: 24 nov. 2025.
DO CAPENGAR da bipedia. [S. l.: s. n.], 2024. Publicado pelo canal Casa de Zuleika. 1 vídeo (20 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6E6AzC-kJs8. Acesso em: 24 nov. 2025.
FABIÃO, Eleonora. Programa Performativo: O Corpo-em-Experiência. ILINX – Revista do LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais, Campinas, n. 4, p. 1-11, 2013. Disponível em: https://orion.nics.unicamp.br/index.php/lume/article/view/276. Acesso em: 15 set. 2025.
KATZ, Helena. UM, DOIS, TRÊS: a dança é o pensamento do corpo. Belo Horizonte: FID, 2005.
LAPPONI, Estela. Corpo intruso: uma investigação cênica, visual e conceitual. São Paulo: Casa de Zuleika, 2023.
LEPECKI, A. Errância como trabalho: sete notas dispersas sobre dramaturgia da dança. In: CALDAS, Paulo; GADELHA, Ernesto (orgs.). Dança e Dramaturgia(s). São Paulo: Nexus, 2016.
MATOS, Lúcia. Dança e diferença: cartografia de múltiplos corpos dançantes. Salvador: EDUFBA, 2012.
MCRUER, Robert. Teoria crip: signos culturais entre o queer e a deficiência. –Tradução de Anahí Guedes de Mello e Olivia von der Weid. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens Edições, 2024.
NANCY, Jean-Luc. L’intruso. Pontevedra: Cronopio, 2006.
PELBART, Peter Pál. A vida desnudada. In: GREINER, Christine; AMORIM, Claudia. (orgs.). Leituras da morte. São Paulo: Annablume, 2007.
PERFORMANCE born to be na live! selfishcâmera 360p. [S. l.: s. n.], 2024. Publicado pelo canal Casa de Zuleika. 1 vídeo (56 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZZpAjD9VePU. Acesso em: 24 nov. 2025.
ROYO, Victoria Perez; SANCHEZ, Jose Antonio. La investigación en artes escénicas. Cairon Revista de Estudios de Danza Práctica e Investigación, Madrid, v. 13, p. 5-13, 2010. Disponível em: https://archivoartea.uclm.es/wp-content/uploads/2018/12/cairon-13.pdf. Acesso em: 29 set. 2025.
TSCHUMI, Bernard. Questions of space. London: AA Publications, 2004.
TEIXEIRA, Ana Carolina Bezerra. A estética da experiência: trajetórias do corpo deficiente na cena da dança contemporânea do Brasil e dos Estados Unidos. 2016. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Estela Lapponi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor se compromete a sempre que publicar material referente ao artigo publicado na Revista Aspas mencionar a referida publicação da seguinte forma:
"Este artigo foi publicado originalmente pela Revista Aspas em seu volume (inserir o volume), número (inserir o número) no ano de (inserir o ano) e pode ser acessado em: http://revistas.usp.br/aspas de acordo com a Licença Creative Commons CC-BY.
