“El toé te cura bonito”: modos femeninos de dar salud en el pueblo awajún (amazonía peruana).
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i2pe193520Palavras-chave:
Awujun, Cuidado, Mulheres, Doença, ToeResumo
Este artigo apresenta as primeiras reflexões sobre o uso da fitoterapia nas famílias Awajún das regiões de San Martín e Amazonas. Em particular, abordo as relações que as mulheres Awajún apresentam com suas usinas como o toé (Brugmansia suaveolens), que é plantada, cuidada, chamada e preparada por algumas mães Awajún com o objetivo de dar vida e saúde a seus filhos e filhas doentes. A relação que cada mulher estabelece com as plantas dos pés é única. Semelhante aos processos de formação de pessoas, as mulheres donas das plantas voltam e reconhecem a existência de seus filhos vegetais cuidando deles, trocando substâncias, dietas e salvaguardas. Em reciprocidade, essas crianças vegetais se materializam como especialistas terapêuticos capazes de dar saúde e vida às famílias Awajún.
Downloads
Referências
BELAUNDE, Luisa. 2019. O ninho do Japu: perspectivismo, gênero e relações interespécies airo-pai. Amazônica. 657-689.
BELAUNDE, Luisa. 2001. Viviendo Bien. Género y fertilidad entre los airo pai de la Amazonía Peruana. Lima: CAAAP.
BROWN, Michael. 1984. Una paz incierta. Historia y cultura de las comunidades aguarunas frente al impacto de la carretera marginal. Lima: CAAP.
BROWN, Michael. 1978. “From the hero´s bones: three aguaruna hallucinogens and their uses”. The nature and status of ethnobotany. Richard I. Ford, editor. Anthropological Papers N°. 67, pp. 178-136
CHUMAP, Aurelio & Manuel GARCÍA, 1979. “Duik múun: universo mítico de los aguaruna”. Lima: CAAAP
DESCOLA, Philippe. 2005. Las lanzas del crepúsculo. Relatos jíbaros. Alta Amazonía. Argentina: Fondo de Cultura Económica.
DESCOLA, Philippe. 2008. “Estrutura ou Sentimento: a relação com o animal na Amazônia”. Mana – Estudos de Antropologia Social, v. 4, n. 1, pp. 23-45.
ERIKSON, Philippe. 2012. “Animais demais... os xerimbabos no espaço doméstico matis (Amazonas)”. Anuário Antropológico 2012: 15-32.
FAUSTO, Carlos. 2008. “Donos Demais: Maestria e Domínio na Amazônia”. Mana – Estudos de Antropologia Social, v. 14, n. 2, pp. 329-366.
FLORES ROJAS, Ximena. (2020). «VIH/sida awajún»: nociones y experiencias de enfermedad y daño en un contexto de epidemia en la Amazonía peruana. Anthropologica, año XXXVIII, N° 44, 2020, pp. 235-266
FLORES ROJAS, Ximena. (2019). Entre játa y waweamu: VIH/sida en las comunidades awajún de la Amazonía peruana. MANA, 25(3), 777-808.
GIUCAM, Cesar & Elvin, RAMOS. 2015. “Cuentos tradicionales awajún de los estudiantes en la Institución Educativa Bilingüe N°16741 Kusu Kubaim”. Tesis de Licenciatura en Educación Primaria Bilingüe. Universidad Nacional Intercultural de la Amazonía.
GUALLART, José María. 1990. Entre Pongo y Cordillera. Lima: CAAAP.
KOPENAWA, David & ALBERT, Bruce. 2015. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das letras.
LANGDON, Esther Jean. 2014. La negociación de lo oculto: Chamanismo, medicina y familia entre los Siona del bajo Putumayo. Popayan: Universidad del Cauca.
LIMA, Tânia Stolze. 2005. Um peixe olhou para mim. O povo Yudjá e a perspectiva. Río de Janeiro: Unesp Editora.
MAIZZA, Fabiana. 2017. “Persuasive Kinship: Human–Plant Relations in Southwest Amazonia.” Tipiti 15 (2): 206-220
MENTORE, Laura. 2012. “The Intersubjective Life of Cassava among the Waiwai.” Anthropology and Humanism 37 (2):146-155
MCCALLUM, Cecilia. 1998. “O corpo que sabe da epistemologia Kaxinawa para uma antropologia médica das terras baixas sul-americanas”. Antropologia da saúde: traçando identidade e explorando fronteiras. Rio de Janeiro: FIOCRUZ. p. 215-245.
MORIM DE LIMA, Ana Gabriela. 2016. “Brotou batata para mim”: cultivo, género e ritual entre os Krahô. Tese de doutorado. UFRJ/IFCS
NUGKUI & BOSQUE DE LAS NUWAS. 2021. Nugkui untsumau: El llamado de Nugkui. Moyobamba: CAAAP & MINCUL.
REGAN, James. 2010. Los awajún y wampis contra el Estado: un reflexión sobre antropología política. Investigaciones sociales. Vol. 14 N° 24, pp. 19-35.
RIVAL, Laura. 2004. “ El crecimiento de las familias y de los árboles: la percepción del bosque de los Huaorani”. In: SURRALLÉS, Alexandre & GARCIA HIERRO, Pedro (Eds.). The land within: indigenous territory and perception of the environment. IWGIA (International Work Group for Indigenous Affair). Copenhagen, 2005.
SHEPARD, Glenn. 2019. Toé (Brugmansia suaveolens): o caminho do dia e o caminho da noite. Em Caiuby & Goulard Ed. O uso de plantas psicoativas nas américas. p. 118-134.
SHIRATORI, K. “O olhar envenenado: a perspectiva das plantas e o xamanismo vegetal jamamadi”. Mana – Estudos de Antropologia Social, v. 25, n. 1, 159-188.
TAJUPUT, Edison. 2010. Comentario de la Colección Cuentos Pintados del Perú (Asháninka, Shipibo-Konibo y Awajún. Periódicos PUCP.
TAYLOR, Anne-Christine. 2000. Le sexe de la proie. Représentation jivaro du lien de parenté. L`Homme. 309-334.
VILAÇA, A. 2005. “Chronically unstable bodies. Reflexions on Amazonian corporalities”. The Journal of the Royal Anthropological Institute 11 (3): 445-464
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2013. La mirada del jaguar. Introducción al perspectivismo amerindio. Entrevistas. Buenos Aires: Tinta Limón.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cadernos de Campo (São Paulo - 1991)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autorizo a Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha, Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.
Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade, também me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.
Atesto o ineditismo do trabalho enviado.
Como Citar
Dados de financiamento
-
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Números do Financiamento 001 -
Wenner-Gren Foundation