A maldição do tatari-gami: especulações sobre ruínas e alianças em Princesa Mononoke (1997)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v33i2pe217739Palavras-chave:
Monoke, Tatari-gami, cosmologias, mais que humanos, antropocenoResumo
Este texto oferece uma resenha da Princesa Mononoke, filme clássico japonês de animação, lançado em 1997, dirigido por Hayao Miyazaki e produzido pelo lendário Studio Ghibli. Na narrativa fílmica, assistimos mudanças tão terríveis, quanto irreversíveis executadas por um tipo de mundo que insiste em se impor, destruir e produzir capacidades distintas e desiguais de sobrevivência. O tom melancólico assombra toda a história, mas isto não impede uma exposição igualmente otimista sobre as possibilidades de alianças, a importância da resistência e das lutas por outros modos de viver. É um enredo que se mantém atual não apenas na ficção e que permite associações especulativas com contextos de análise antropológicos.
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