Palestina no contexto do colonialismo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v33i1pe226852Keywords:
Palestina, Colonialismo, apartheidAbstract
A Antropologia, em suas primeiras décadas, se dedicou a discussões sobre os temas do parentesco, religião, alteridade, natureza e cultura, indivíduo e sociedade, métodos e ao fazer etnográfico, discussões que viriam a se tornar canônicas na disciplina. Suas metáforas holistas (Strathern, 2017: 345) preocupadas com a integridade e coesão que compõem o vernáculo acadêmico - sociedade, sistema, cultura -, nasceram das etnografias realizadas em contextos coloniais, em que antropólogos se viram ansiosos com o temor do desaparecimento dos modos de vida locais. Nossa Antropologia nasceu, como afirma Talal Asad (2017), com o pecado original do colonialismo, com análises “produzidas por europeus para audiências europeias – de sociedades não europeias dominadas pelo poder europeu” (Asad, 2017: 320) que operam tanto em nossa teoria quanto prática etnográfica. O autor chama atenção para o fato, porém, que há uma estranha relutância de antropólogos a admitir as estruturas de poder em que essa ciência foi formada.
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