Intimidades (quase)públicas: o uso do urbano nas pegações do Jardim de Alah em Salvador, Bahia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v33i2pe227180Palavras-chave:
Jardim de Alah, Sexo, Voyuerismo, Pegação, PrivacidadeResumo
O presente artigo analisa a interseção entre espaço urbano, práticas sexuais e mecanismos de controle da sexualidade, com foco na praia do Jardim de Alah, localizada no bairro nobre da capital baiana, Costa Azul. A pesquisa busca compreender como homens que frequentam esse local público articulam formas de apropriação do espaço para a busca de prazeres sexuais. A partir de relatos etnográficos, o estudo propõe uma reflexão sobre as noções de privacidade e exposição que se configuram nesse contexto urbano específico. No Jardim de Alah, a prática da pegação gera uma dinâmica complexa, marcada por mecanismos de controle e autoproteção, que coexistem com a busca por prazer e a necessidade de lidar com a visibilidade.
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