Uma antropologia nativa da família verde-e-rosa ou conceito nativo. Por que ver rizoma onde nos mostram uma magueira frondosa?

Autores

  • Ana Carneiro Universidade Federal do Rio de Janeiro; Museu Nacional da

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v20i20p15-31

Palavras-chave:

Morro da Mangueira. Patrimônio Cultural, Conceito Nativo, Favela, Família, Rede

Resumo

Ao iniciar pesquisa de campo no Morro da Mangueira, recebi o alerta: “você tem que ter compromisso, dar um retorno para a comunidade”. Relatavam-me que o “patrimônio cultural da Mangueira” vinha sendo “roubado” por “gente da sociedade”. E, ao relacionar as noções de “comunidade” e “sociedade”, explicavam-me, “a Mangueira é uma família”. O artigo explora este discurso mangueirense, ouvido em geral nos espaços de interface entre “comunidade” e “sociedade”. Ali, a noção de “família verde e rosa” serve de eixo a partir do qual se recompõem noções características à produção discursiva das ciências sociais, tais como “patrimônio cultural”, “comunidade” e “sociedade”. Esta ideia particular de “família”, formada por não-consanguíneos, é frequentemente descrita como “uma árvore cheia de frutos” e aciona um modelo particular de relação de alteridade, fazendo surgir na análise conceitos como os de rede e rizoma. Mas por que ver rizoma se nos mostram uma árvore?

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Biografia do Autor

  • Ana Carneiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro; Museu Nacional da
    Pós-doutoranda em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN-UFRJ)

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Publicado

2011-03-30

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Carneiro, A. (2011). Uma antropologia nativa da família verde-e-rosa ou conceito nativo. Por que ver rizoma onde nos mostram uma magueira frondosa?. Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 20(20), 15-31. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v20i20p15-31