Gênero, autoconceito e trabalho na perspectiva de brasileiros e angolanos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v16i2p153-165Palabras clave:
Gênero, Psicologia do trabalho, Pesquisa intercultural, Autoconceito.Resumen
O estudo apresenta uma análise descritiva e qualitativa das diferenças e similaridades de atributos femininos e masculinos de trabalhadores brasileiros e angolanos, com ou sem função gerencial. A suposição é que os atributos de gênero presentes no autoconceito pessoal estão relacionados à socialização e à experiência de trabalho nos dois países. Participaram 431 trabalhadores – trezentos do Brasil e 131 de Angola –, sendo 164 homens e 267 mulheres. Foi utilizado um Inventário dos Esquemas de gênero do Autoconceito. Os dados foram analisados mediante frequência, teste do qui-quadrado e análise qualitativa, levando em conta país, sexo e função gerencial. Os resultados indicam a prevalência de atributos femininos na amostra geral, não diferenciando países. O atributo responsável destaca-se entre trabalhadores, independentemente de país, sexo e função gerencial. O atributo dedicado está mais fortemente presente naqueles que não assumem funções gerenciais. Os atributos masculinos, apesar de em menor número, estão fortemente associados a homens e se diferenciam por país e função gerencial. Conclui-se que os atributos femininos estão presentes na autoavaliação de trabalhadores, independentemente do sexo e do exercício da função gerencial, corroborando a hipótese das similaridades entre atributos de gênero. Limitações do estudo são apresentadas na seção final.