Ofício de carteiro e atividade: por uma gestão pelas variações
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v15i2p229-242Palavras-chave:
Trabalho, Carteiros, Atividade, Subjetividade, Saúde mental, GestãoResumo
Neste artigo, propomo-nos analisar o trabalho do carteiro a partir do referencial da Clínica da Atividade e da Ergologia, buscando discutir a questão das instâncias gestionárias nesse contexto. Para tanto, partimos de entrevistas e acompanhamentos a carteiros realizados no trabalho de uma das autoras na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A análise aponta que, apesar das fortes prescrições que compõem o trabalho do carteiro, há um constante esforço de renormatização empreendido por esse profissional de forma a gerir a distância entre as dimensões prescrita e real do trabalho, bem como lidar com as variações e os imprevistos no seu dia a dia. A gestão micropolítica empreendida no curso da atividade é intensamente reportada a outros - colegas, clientes, gestores - e conduzida pela noção de eficácia, de forma a viabilizar o atingimento de metas e objetivos. Percebe-se também que diversos aspectos do ofício do carteiro compõem-se por meio de uma metodologia construída coletivamente, operada pelo tensionamento entre as contribuições estilísticas dos sujeitos e o gênero na atividade.Downloads
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