“I know it's not normal for people in this world to be happy, and I'm happy": tensões e torções feministas e queer em Rubyfruit Jungle de Rita Mae Brown
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i27p182-197Palavras-chave:
Teoria queer, Feminismos, Gênero, Sexualidade, Rubyfruit jungleResumo
O presente trabalho pretende sublinhar os terrenos comuns nos quais operam as discussões teóricas feministas e queer, sugerindo uma possível interpelação de ambos. A partir da compreensão que há possibilidades de investigações teóricas entre os feminismos e a teoria queer, sinaliza-se que questões de gênero e de sexualidade são centrais para a análise do romance de estréia de Rita Mae Brown, Rubyfruit Jungle. O estudo sinaliza que, embora lido como um romance lésbico, a obra já trazia à tona nos anos 1970 possibilidades teóricas que só seriam tematizadas com o advento da teoria queer anos mais tarde. Considerando as contribuições teóricas de Butler (2015, 2019), Miskolci (2016), Rubin (2016, 2017) entre outros, argumenta-se que uma análise política do romance, englobando teorias feministas e queer, é não só possível, mas também sintomática de novas possibilidades de expansão dos campos investigativos.
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