Crítica da Virada: Carta Escrita por uma Aluna de uma Disciplina de Historiografia Literária Justificando a Recusa em Ler um Romance
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i36p78-98Palabras clave:
Racismo, Sexismo, Estudos Literários, UniversidadeResumen
O artigo apresenta uma carta escrita por uma aluna da disciplina de Historiografia Literária, na Escola de Letras da Unirio, que se recusou a continuar a ler um romance insuportável para ela. Dialogando com a abordagem da aluna sobre o romance, o artigo consiste em um modo de responder à carta, com questionamentos e interrogações sobre a minha própria prática acadêmico-pedagógica. Reflete sobre como lidamos com bibliografias e representações totalizantes em percursos teóricos, ainda associados ao racismo e sexismo. Desenvolve uma discussão sobre a violência no ambiente acadêmico, apresentando o que poderia ser definido como uma proposta disruptiva de graduação em letras, tendo em vista a expansão de formas das literaturas e artísticas contemporâneas e o horizonte de complexa tensão que atravessa existências nas universidades públicas.
Descargas
Referencias
AHMED, S. Viver uma vida feminista. Tradução de Jamille Pinheiro, Sheyla Miranda, Mariana Ruggieri. São Paulo: Ubu Editora, 2022.
BLUMENBERG, H. Teoria da Não Conceitualidade. Tradução de Luiz Costa Lima. Belo Horizonte: UFMG, 2013.
CASTRO, E. V. Metafísicas Canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
DAFLON, C. Meu país é um corpo que dói. Belo Horizonte: Relicário Edições, 2022.
DESPRET, V. Um brinde aos mortos: histórias daqueles que ficam. São Paulo: n-1 edições, 2023.
DELEUZE, G. “Michel Tournier e o mundo sem outrem”. Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 2009.
FELTRAN, G. de S. "O valor dos pobres: a aposta no dinheiro como mediação para o conflito social contemporâneo". CADERNO CRH, Salvador, v. 27, n. 72, p. 495-512, Set./Dez. 2014.
FIGUEIREDO, I. Cadernos de Memórias Coloniais. São Paulo: Todavia, 2018.
GARRAMUÑO, F. "La literatura en un campo expansivo: y la indisciplina del comparatismo". Cadernos de Estudos Culturais, Campo Grande, v. 1, n. 2, p. 101-111, p. 2009.
HAIDER, A. Armadilha da identidade: raça e classe nos dias de hoje. São Paulo: Veneta, 2019.
KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
NASCIMENTO, t. Leve sua culpa branca pra terapia. São Paulo: n-1 edições, 2020. Racismo visual/ sadismo racial: quando (?) nossas mortes importam. São Paulo: n-1 edições, 2020a.
NASCIMENTO, t. "da palavra queerlombo ao cuíerlombo da palavra | palavra, preta!." https://palavrapreta.wordpress.com/2018/03/12/cuierlombismo/.
NOBLES, W. de. "Sakhu Sheti: retomando e reapropriando um foco psicológico afroncentrado". In: Elisa Larkin Nascimento (org). Afrocentricidade. Uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009, p. 277-297.
SELIGMANN-SILVA, M. "Compaixão animal". Aletria. Revista de Estudos de Literatura. 21(3), 39–51.
STRATHERN, M. O efeito etnográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
STRATHERN, M. Parentesco, direito e o inesperado: parentes são uma surpresa. Tradução Stella Zagatto Paterniani. São Paulo: Unesp, 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
