Infâncias frustradas e maternidades possíveis em Clarice Lispector e em Maria Lucia Medeiros: do era uma vez aos restos de sonhos
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i29p55-71Mots-clés :
Era uma vez, Restos de carnaval, Escrita de autoria feminina, Infância feminina, FrustraçãoRésumé
Este artigo revisita o conto “Era uma vez”, da escritora paraense Maria Lucia Medeiros, assim como o conto “Restos de carnaval”, de Clarice Lispector, com o intuito de cotejá-los em sua temática que prioriza um olhar sobre personagens femininas na infância e como tais personagens frustram-se com suas mães e veem-se obrigadas a amadurecer. Para tanto, discutimos, primeiramente, o suporte teórico da Crítica Literária Feminista, a infância como um espaço de construção social e, por fim, propomos a leitura comparada dos referidos contos. Para tanto, recorremos aos textos de Simone de Beauvoir (2008), Adrienne Rich (1977; 2017), Elizabeth Badinter (1985) e Susana Funck (2016), dentre outros.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Tradução de Dora Flasksman. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
BADINTER, Elizabeth. O amor conquistado. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo 2. Lisboa: Bertrand, 2008.
COLAIZZI, Giulia. “Feminismo y Teoría del Discurso”. Razones para un debate. In: COLAIZZI, Giulia. Feminismo y Teoría del discurso. Madrid: Ediciones cátedra, 1990, p. 13-28.
CORAZZA, Sandra Maria. “Percurso pela história da criança”. In: CORAZZA, Sandra Maria. Infância e educação. Era uma vez... quer que conte outra vez? Petrópolis: Vozes, 2002. p. 79-136.
DALCASTAGNÉ, Regina. “Um mapa de ausências”. In: DALCASTAGNÉ, Regina. Literatura Brasileira Contemporânea: um território contestado. Rio de Janeiro, Vinhedo: Editora Uerj, Horizonte, 2012, p. 147-196.
DEL PRIORE, Mary. História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2004.
FUNCK, Susana Bornéo. “Mulher e literatura”. In: FUNCK, Susana Bornéo. Crítica literária Feminista. Florianópolis: Editora Insular, 2016.
LISPETOR, Clarice. “Restos de carnaval”. In: LISPETOR, Clarice. Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.
MEDEIROS, Maria Lucia. “Era uma vez”. In: MEDEIROS, Maria Lucia. Antologia de contos. 2 ed. Belém: Amazônia, 2009.
REIS, Roberto. “Cânon”. In: JOBIM, José Luís (org.). Palavras da crítica – tendências e Conceitos no Estudo da Literatura. Rio de Janeiro: Imago, 1992. p. 65-92.
RICH, Adrienne. Of woman born: motherhood as experience and institution. New York: W. W. Norton & Company Ltd., 1977.
RICH, Adrienne. “Quando da morte acordamos: a escrita como re-visão”. In: BRANDÃO, Izabel; CAVALCANTI, Ildney; LIMA COSTA, Cláudia de; A. LIMA, Ana Cecília (orgs.). Traduções da Cultura: perspectivas críticas feministas (1970-210). Florianópolis: EduFAL, Editora da UFSC, 2017.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Paulo Valente, Rosana Cássia dos Santos 2021
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les termes suivants :
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, avec le travail sous la Licence Creative Commons Attribution qui permet le partage du travail avec reconnaissance de l'auteur et de la publication initiale dans cette revue scientifique.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de la contribution publiée dans cette revue (par exemple, publication institutionnelle ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la publication initiale et originale dans cette revue.
- Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple auprès de leurs institutions ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des échanges académiques productifs, ainsi qu'une croissance de l'impact et de la citation de l'article publié (Voir The Effect of Open Access).