O ourives do palavreado nas encruzilhadas da linguagem: polifonia e síncope em Aldir Blanc
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i31p134-153Mots-clés :
Aldir Blanc, música popular brasileira, literatura e música, encruzilhadasRésumé
Aldir Blanc é um dos maiores e mais importantes poetas da canção brasileira. Segundo o escritor Sérgio Rodrigues, sua obra “funde o lírico e o antilírico numa nova unidade que já não é possível quebrar”, numa aliança “entre o sublime e grotesco, que se pode chamar de neobarroca, é uma chave de leitura da alma brasileira que merece atenção”. Neste artigo, buscamos desvendar alguns dos sentidos dessa “leitura da alma brasileira”, considerando a obra do letrista que foi chamado de “Ourives do Palavreado” por Dorival Caymmi como uma interpretação do Brasil e suas querelas.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ADORNO, Theodor. Quasi una fantasia – escritos musicais II. Tradução de Eduardo Socha. São Paulo: Editora Unesp, 2018.
BARBOSA, Jorge Luiz; CUNHA, Diogo; BARBOSA, Ana Thereza de Andrade. As águas encantadas da Baía de Guanabara. Rio de Janeiro: Numa Editora, 2021.
BENJAMIN, Walter. O Anjo da História. Organização e tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012 e LÖWY, Michel. Walter Benjamin: Aviso de incêndio – uma leitura das teses “Sobre o Conceito de História”. Tradução de Wanda Nogueira Caldeira Brant. Tradução das Teses de Jeanne Marie Gagnebin e Marcos Lutz Müller. São Paulo: Boitempo, 2005.
BLANC, Aldir; SUKMAN, Hugo; VIANNA, Luiz Fernando. Heranças do Samba. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2004.
CARVALHO, Hemínio Bello de. Aldir: ourives. Grandes letristas brasileiros Número 00. Aldir Blanc & amigos. Encarte que acompanhou o disco Aldir Blanc 50 anos.
CAMPOS, Haroldo. Metalinguagem & outras metas. São Paulo: Perspectiva, 2006.
CHALHOUB, Jorge. Os Mundos de Aldir. Publicado em Escuta – revista de arte e política. Disponível em: https://revistaescuta.wordpress.com/2020/05/06/os-mundos-de-aldir/.
DA MATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Tradução de Vera Casa Nova e Márcia Arbex. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011
HERNÁNDEZ, Adrián de Souza. Echu-Elegguá: equilíbrio dinâmico de la existencia (Religión Yorubá). Cuba: Ediciones Unión, 1998.
LINEBAUGH, Peter; REDIKER, Marcus. A hidra de muitas cabeças: marinheiros, escravos, plebeus e a história oculta do Atlântico revolucionário. Tradução de Berilo Vargas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
MERQUIOR, José Guilherme. Verso universo em Drummond. São Paulo: É Realizações, 2016.
REGO, Norma Pereira. Pasquim: gargalhantes pelejas. Rio de Janeiro: Relume-Dumará/Prefeitura, 1996
RODRIGUES, Sérgio. Viva Aldir Blanc! Em Folha de São Paulo, 23/4/2020.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro, Mórula, 2019.
SAFATLE, Vladimir. Grande Hotel Abismo: por uma reconstrução da teoria do reconhecimento. São Paulo: Martin Fontes, 2012.
SIMAS, Luiz Antonio. Aldir Blanc cantou a aldeia, e por isso falou do mundo, em O Globo, 4/5/2020
SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. Fogo no mato: A Ciência Encantada das Macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
SODRÉ, Muniz. Samba, o Dono do Corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.
VIANNA, Luiz Fernando. Aldir Blanc: Resposta ao Tempo -vida e letras. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Fabrício Gonçalves 2021
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les termes suivants :
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, avec le travail sous la Licence Creative Commons Attribution qui permet le partage du travail avec reconnaissance de l'auteur et de la publication initiale dans cette revue scientifique.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de la contribution publiée dans cette revue (par exemple, publication institutionnelle ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la publication initiale et originale dans cette revue.
- Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple auprès de leurs institutions ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des échanges académiques productifs, ainsi qu'une croissance de l'impact et de la citation de l'article publié (Voir The Effect of Open Access).