Inflação numa Economia aberta com indexação da taxa de câmbio
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-5357816cmResumo
Este artigo analisa as consequências da indexação da taxa de câmbio numa economia «dependente», no contexto de um modelo de equilíbrio geral com um setor doméstico e um setor internacional. O critério de indexação e formulado de tal modo a manter inalterado o preço relativo entre a bem doméstico e o bem comerciável. Nessas condições, a correção automática da taxa cambial é vista como uma alternativa, aplicável em situações de inflação permanente, aos dois regimes cambiais polares: taxa fixa e taxa flexível. Chega-se à conclusão de que o regime de indexação cambial permite imunizar a economia contra perturbações puramente monetárias geradas doméstica ou internacionalmente, porém é insustentável a longo prazo em face de perturbações de caráter real que alterem permanentemente preços relativos entre as duas classes de bens. Neste último caso a política monetária mantém-se num impasse que poderá ser eliminado somente com a quebra da regra de indexação.
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