Microfundamentos da Macroeconomia: notas críticas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-41612009000400006Palavras-chave:
Microfundamentos, Macroeconomia, Pragmatismo, critérios de seleção, MetodologiaResumo
A partir da década de 70 presencia-se o reaparecimento da microfundamentação na Economia, acompanhada de uma mudança de atitude do mainstream que passa a encarar a formalização e a microfundamentação como critérios de seleção entre conhecimento científico e não científico na Macroeconomia. Tal mudança tem levado a um gradual distanciamento entre a teoria e a prática que tem se mostrado nocivo para a Ciência Econômica. Este artigo procura criticar a microfundamentação da macro partindo de duas bases: primeiro, através da revisão do que convencionamos chamar de críticas internas à microfundamentação, relacionadas às distorções provenientes do reducionismo e da opção pelo agente representativo na elaboração de modelos econômicos; e, segundo, mediante críticas externas, focalizando a impossibilidade de se criar critérios a priori de seleção de teorias, devido à inexistência de fundamentos únicos e perenes para o conhecimento. Por fim, a perspectiva pragmática é apresentada como uma possível alternativa.Downloads
Referências
BARBOSA, L.; CUNHA, A.; SALLU M, A. Competitive equilibrium hyperinflation
under rational expectations. Economic Theory, v. 29, n. 1, p. 181-195, Sept. 2006.
BEST, J.; WIDMAIER, W. Micro- or macro-moralities? Economic discourses and
policy possibilities. Review of International Political Economy, v. 13, n. 4, p. 609-631, Oct. 2006.
BACKHOUSE, Roger E.; BOIANOVSKY, Mauro. Whatever happened to Microfoundations.
version 1, Aug. 2005. Unpublished typescript.
BRESSER-PEREIRA, L. A verdade e seus objetos. 2006. Disponível em:
www.bresserpereira.org.br>. Acesso em: 19/11/2009.
BULLARD, J.; BUTLER, A. Nonlinearity and chaos in economic models: implications for policy decisions. The Economic Journal, v. 103, n. 419, p. 849-867, July, 1993.
CERQUEIRA, H. Adam Smith e seu contexto: o Iluminismo escocês. VIII Encontro de Economia da Região Sul - ANPEC SUL, 2005.
DAVIDSON, P. John Maynard Keynes. London and New York: Palgrave/Macmilan
Publishers, 2007. (book in the Great Thinkers in Economics series being published
by Palgrave).
GREIF, A. Institutions and the path to the modern economy: lessons from medieval trade.
Cambridge ; New York: Cambridge University Press, 2005.
HAHN, F.; NEGISHI, T. A theorem on non-tatonnement stability. Econometrica, v.30, n. 3, p. 463-469, July 1962.
HANDS, D. W. Reflection without rules: economic methodology and contemporary science
theory. 1st ed. Cambridge, England: Cambridge University Press, 2001.
HICKS, J. IS-LM: an explanation. Journal of Post Keynesian Economics, v. 3, n. 2, p.139-154, Winter 1981.
HOOVER, K. Is macroeconomics for real? The Monist, n. 78, p. 235–57, 1999.
HOOVER, K. The methodology of empirical Macroeconomics. Cambridge, UK ; New
York, NY: Cambridge University Press, 2001.
HOOVER, K. Microfoundations and the ontology of Macroeconomics. In: Kincaid,
Harold; Ross, Donald (Ed.). Oxford handbook of the Philosophy of Economic Science.
Oxford: Oxford University Press, 2006.
KEYNES, J. M. General theory of employment, interest and money”. Macmillan Cambridge
University Press, 1936.
KIRMAN, A. Whom or what does the representative individual represent? The Journal
of Economic Perspectives, v. 6, n. 2, p. 117-136, Spring 1992.
KYDLAND, F. E.; PRESCOTT , E. C. Rules rather than discretion: the inconsistency
of optimal plans. The Journal of Political Economy. v. 85, n. 3, p. 473-492, June
LU CAS, R. Understanding business cycles. In: Brunner, K.; Meltzer, H. (Ed.).
Stabilization of the domestic and international economy. Carnegie-Rochester
Conference Series on Public Policy 5. Amsterdam: North-Holland. p. 7-29.
LU CAS, R. E.; SARGENT, T. J. After keynesian macroeconomics. Federal Reserve
Bank of Minneapolis Quaterly Review, v. 3, n.2, p. 1-16, Mar. 1978.
MANKIW, N. G. The macroeconomist as scientist and engineer. NBER Working Paper Series, June 2006. (Working Paper n. 12349).
MARSHALL, A. Principles of economics. London: Macmillan and Co. Ltd, 1920.
MCCLOSKEY, D. N. The rethoric of economics. Journal of Economic Literature, v.XXI, p. 481-517, June 1983.
OLIVEIRA LIMA, L. Relatório de pesquisa n. 33/1997. Núcleo de Pesquisas e Publicações,
FGV, 1997.
ORPHANIDES, A. Historical monetary policy analysis and the Taylor rule. Carnegie-Rochester Conference, Nov. 2002.
QUINE, W. V. Main trends in recent philosophy: two dogmas of empiricism. The Philosophical Review, v. 60, n. 1, p. 20-43, Jan. 1951.
RORTY, R. Philosophy and the mirror of nature. 1st ed. Princeton: Princeton University
Press, 1979. Paperback.
RORTY, R. Philosophy and social hope. 1st ed. New York: Penguin Books, 1999.
RORTY, R. Take care of freedom and truth will take care of itself: interviews with Richard Rorty.
Eduardo Mendieta (Ed.). 1st ed. Stanford: Stanford University Press, 2006.
SNOWDON, B.; VANE, H. Modern macroeconomics: its origins, development and current state. Edward Elgar, 2005.
VERCELLI, A. Methodological foundations of macroeconomics: Keynes and Lucas. 1st
ed. Cambridge, England; New York: Cambridge University Press, 1991.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2009 duardo Ferreira Jardim, Guilherme Lichand, Paulo Gala
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de artigo autoriza sua publicação e implica o compromisso de que o mesmo material não esteja sendo submetido a outro periódico.
A revista não paga direitos autorais aos autores dos artigos publicados.