A fronteira na poesia de Fabián Severo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9748.v4i1p107-126Palabras clave:
Poesia, Fabián Severo, América Latina, Sujeito fronteiriço, TempoResumen
O presente artigo objetiva apresentar a prática poética de Fabián Severo, que tem como inspiração Artigas, cidade fronteiriça (Brasil – Uruguai). O poeta penetra num universo pluridimensional e permite analisar a lógica perversa da homogeneização cultural, instaurada pelo sistema linguístico mundial e de circulação de informação. No decorrer do fluxo poético, observam-se recortes, reminiscências do cotidiano, interstícios, ressonâncias, deslocamentos e apegos dentro de uma dinâmica que enleia do real à ficção o sujeito fronteiriço. Severo realiza, através do portunhol, a desconstrução do capital linguístico-literário do português e do espanhol. Essa variedade linguística colaborou para questionar o imaginário do Uruguai como um país monolíngue e possibilitou uma maior compreensão do que seja a fronteira.
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