A fronteira na poesia de Fabián Severo

Autores

  • Juliana Silva Cardoso Marcelino Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Silvina Liliana Carrizo Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9748.v4i1p107-126

Palavras-chave:

Poesia, Fabián Severo, América Latina, Sujeito fronteiriço, Tempo

Resumo

O presente artigo objetiva apresentar a prática poética de Fabián Severo, que tem como inspiração Artigas, cidade fronteiriça (Brasil – Uruguai). O poeta penetra num universo pluridimensional e permite analisar a lógica perversa da homogeneização cultural, instaurada pelo sistema linguístico mundial e de circulação de informação. No decorrer do fluxo poético, observam-se recortes, reminiscências do cotidiano, interstícios, ressonâncias, deslocamentos e apegos dentro de uma dinâmica que enleia do real à ficção o sujeito fronteiriço. Severo realiza, através do portunhol, a desconstrução do capital linguístico-literário do português e do espanhol. Essa variedade linguística colaborou para questionar o imaginário do Uruguai como um país monolíngue e possibilitou uma maior compreensão do que seja a fronteira.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Silvina Liliana Carrizo, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

    Pós-doutora em Literatura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e do Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários da UFJF.

Referências

ABRANTES, Fernanda Arruda. A escrita em línguas híbridas e a superação da tradição do silêncio dos sujeitos transfronteiriços: uma comparação entre a escrita lite-rária em portunhol e em spanglish. 2018. Tese (Doutorado em Letras: Estudos Literários) –Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2018.

ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difu-são do nacionalismo. Tradução Denise Bottman. 6. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2008..

BHABHA, Homi K. O entrelugar das culturas. In: COUTINHO, Eduardo (org.). O bazar global e o clube dos cavalheiros ingleses. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

BHABHA, Homi K. O local da cultura.Tradução Gláucia Renate Gonçalves, Eliana Lourenço de Lima Reis e Myriam Ávila. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organizaçãoe Tradução Roberto Machado. 19. ed. São Paulo: Graal, 2004.

LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais perspectivas latino-americanas. Colección Sur. Buenos Aires: Clasco, 2005.

LUDMER, Josefina. Aqui América Latina: uma especulação. Tradução Rômulo Monte Alto. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?Tradução Sandra Regina Gou-lart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

TORRES, Sonia. Desestabilizando o “Discurso Competente”: o discurso hegemônico e as culturas híbridas. Gragoatá, Revista do Instituto de Letras da UFF, ed. UFF, Niterói, v. 1, n. 1, pp. 179-189, 1996.

Downloads

Publicado

2020-11-24

Edição

Seção

POIESIS

Como Citar

A fronteira na poesia de Fabián Severo. (2020). Revista Entrecaminos, 4(1), 107-126. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9748.v4i1p107-126