Representações das emoções do trabalho docente em uma perspectiva histórica
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634202046217120Palavras-chave:
História da profissão docente, Emoção e trabalho docente, Representações sociaisResumo
Este artigo apresenta os resultados de um estudo cujo objetivo foi identificar as representações, compreendidas na acepção de Chartier, a respeito das dimensões emocionais do trabalho dos professores primários em São Paulo, entre as décadas de 1950 e 1970. Utilizaram-se, para tanto, romances autobiográficos de professoras que exerceram o magistério no período, as revistas produzidas pelo Centro do Professorado Paulista - CPP, bem como as produções da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos – RBEP, como forma de comparar as representações acerca das dimensões emocionais do trabalho docente produzidas pelos próprios professores e as representações produzidas pelos pesquisadores em educação, divulgadas pela RBEP. As emoções são definidas, a partir de Estrela e Damásio, como um sistema dinâmico que proporciona o lidar com o desconhecido e tomadas de consciência, além do julgamento constante (inconsciente e consciente) das ameaças e das oportunidades do cotidiano. As dimensões emocionais do trabalho docente são entendidas como um conjunto de emoções resultantes das interações dos professores no exercício da docência: a relação com os alunos, família, os demais profissionais do ambiente escolar, bem como as emoções decorrentes das condições de trabalho e as mudanças na estrutura educacional. A análise das fontes permitiu identificar em que medida as representações sobre as emoções no trabalho docente estavam relacionadas com a produção do discurso acerca da formação e da prática do professor primário, bem como com a constituição e divulgação da representação do professor primário pelo CPP.
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